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Seção de Notas

2009 . Ano 6 . Edição 52 - 05/07/2009

Diplomacia
Prioridades do Brasil

A reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com a inclusão do Brasil como membro permanente, é a prioridade da política externa brasileira, informou o embaixador Guimarães. Ao mesmo tempo, o Brasil quer fortalecer as relações com os países vizinhos, com os africanos e com os demais emergentes (China, Índia e Rússia).

A estratégia é ter mais força para influenciar nas decisões mundiais. "Há uma enorme concentração de poder num grupo de países", comentou Guimarães em discurso de encerramento do 8º Seminário Trajetórias de Desenvolvimento", evento transmitido pelo recém-implantado sistema de videoconferência do Ipea. Para ele, a concentração está em todas as áreas, como na produção de conhecimento e de informações, e não só no Conselho de Segurança da ONU. Os Estados Unidos registram por ano metade do número de patentes mundiais. A produção de informações e a comunicação são dominadas por grandes empresas norte-americanas e europeias.


Internacional
A crise no mundo

Seminário reuniu especialistas para discutir a crise em diversos países O 8º Seminário procurou analisar a reação da África do Sul, Alemanha, Argentina, China, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Índia, México e Rússia à crise internacional. O evento foi aberto por Marcio Internacional A crise no mundo Pochmann, presidente do Ipea, e Renato Baumann, representante da Cepal, e contou com a participação dos seguintes especialistas: André Cunha(UFRGS), Eduardo Mariutti (Unicamp), Andrés Ferrari (UFF), Joana Mostafa (Ipea), Julimar Bichara (UAM), Glauco Arbix (USP), Embaixador Guimarães Daniela Prates (Unicamp), Alexandre Barbosa (Cebrap/USP), Lenina Pomeranz (USP), Paula Pedroti (FGV/SP). Os comentários ficaram a cargo de Antônio Jorge Ramalho (UnB/SAE), Reenato Baumann Cepal), Carlos Mussi (Cepal), Milko Matijascic (Ipea) e Luciana Acioly (Ipea).


China
Plano estratégico

Ao investir US$ 600 bilhões em medidas anticíclicas, a China tem um objetivo bem mais ambicioso do que simplesmente superar a crise financeira: quer garantir o crescimento econômico, manter a estabilidade social e a liderança do Partido Comunista Chinês sobre a população de 1,3 bilhão de habitantes, mas também transformar o país na maior economia mundial. Esse plano foi traçado em meados do século passado, afirmou o professor André Cunha, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, durante o "8º Seminário Trajetórias de Desenvolvimento".

"O modelo de desenvolvimento chinês se sustenta num pragmatismo que não olha para a coloração ideológica dos países que lhes fornecem os recursos estratégicos vitais para a concretização do seu próprio crescimento, e para quem ela cria fontes de financiamento e mercados de destino", disse.

Segundo Cunha, a ascensão chinesa altera a estrutura geopolítica e geoeconômica do mundo na medida em que sinaliza a conformação de uma ordem internacional multipolar e reafirma a existência de caminhos alternativos.


Finlândia
Um exemplo

Glauco Arbix, expresidente do Ipea, destacou a Finlândia como um exemplo de país de pequenas dimensões, mas com elevado grau de desenvolvimento tecnológico e social. No início da década de 90, a economia da Finlândia, até então sustentada na indústria de madeira, papel, celulose, têxtil e sapatos, viveu uma profunda crise. Ao mesmo tempo que procurava estabilizar sua economia, o país adotou políticas de estímulo à inovação na indústria e no setor de serviços e investiu em educação, ciência e tecnologia. Essas medidas anticíclicas garantiram o dinamismo da economia finlandesa, afirmou Arbix.

Crise
A natureza agradece

A crise financeira é ruim para o bolso, mas boa para o meio ambiente. Segundo estudo do Ipea, quase dois milhões de toneladas de gases causadores do efeito estufa deixaram de ser emitidas pela indústria brasileira entre novembro e abril.

A maior contribuição ambiental veio da indústria de ferro e aço, um dos setores que mais sentiram o baque da crise - em abril, o volume de exportação caiu a um terço da média histórica. "As exportações atingiram o segundo índice mais baixo já registrado. China e Estados Unidos quase zeraram suas importações", explica José Aroudo Mota, coordenador de Meio Ambiente do Ipea.

A queda nas exportações de produtos siderúrgicos evitou a emissão de 1,12 milhão de toneladas de gás carbônico (CO2). Para cada tonelada de aço produzida, estima- se a emissão de em média 1,6 tonelada de gás carbônico.


Turismo
Previsão de queda mundial

O setor de turismo vem apresentado maior resistência à crise do que outros setores, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT). Mas não ficou imune: o número de viagens cresceu 6% no mundo no primeiro semestre de 2008 e caiu 2% no segundo, com a instauração da crise. Dados preliminares de janeiro e fevereiro de 2009 mostram queda de 8% no movimento de turistas internacionais em relação ao mesmo período de 2008, de acordo com estudo do Ipea apresentado pelo presidente Marcio Pochmann no mês passado, em seminário realizado pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). A OMT prevê, a partir do resultado do primeiro bimestre, uma contração de até 8% em 2009.

No Brasil, o emprego já vinha crescendo menos nos últimos anos no turismo do que em outros setores, de acordo com o estudo. A regiões Nordeste e Sudeste concentram 70% dos empregos em turismo. No Nordeste estão 26,4% do total de empregos em turismo, e no Sudeste, 44,9%. Pochmann ressaltou a importância da indústria do turismo no Brasil, responsável por 2,5% do PIB: "Isso representa 70% do que hoje é a indústria automotiva no País, que corresponde a pouco mais de 4% do PIB".

Entretanto, há uma questão preocupante, o déficit na balança brasileira de turismo. No ano passado, ingressaram no Brasil US$ 5,78 bilhões pela conta de turismo, enquanto os brasileiros gastaram US$ 10,96 bilhões em viagens ao exterior. "É um quadro péssimo para a balança do nosso turismo, sinal claro de perda de competitividade. Isso tem a ver com fatores como taxa de câmbio, um dos canais de transmissão da crise, mas só o câmbio não explica isso", disse Pochmann.


Seminários
Ipea patrocina eventos

Até o final deste ano, será realizada em todo o País uma série de congressos, simpósios, workshops, seminários e conferências sobre políticas públicas e programas de desenvolvimento. Os eventos serão patrocinados pelo Ipea, que participará com até R$ 60 mil em cada projeto. O instituto vai investir um total de R$ 525 mil nessa iniciativa. Ao todo, 15 projetos de pesquisadores brasileiros foram selecionados.

Para receber o beneficio, os projetos tiveram que atender a seis pré-requisitos, entre eles, o alto impacto para as políticas públicas; ter outras fontes de financiamento; serem organizados por instituição, associação ou sociedade científica brasileira e que desenvolvam atividades de planejamento, pesquisa sócioeconômica e ambiental; e que sejam de relevância para o Ipea.


PIB
Recessão confirmada

O produto interno bruto (PIB) do Brasil encolheu 0,8% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao último trimestre de 2008, quando caiu 3,6%. Com isso, o Brasil completou dois trimestres seguidos de resultados negativos no PIB, o que tecnicamente coloca o País em recessão. Segundo o IBGE, a maior redução foi na indústria (-3,1%), seguida pela agropecuária (-0,5%). Já o setor de serviços registrou alta de 0,8%.

As despesas de consumo das famílias cresceram 0,7% no primeiro trimestre deste ano. No último trimestre do ano passado, essas despesas tinham caído 1,8%. A despesa de consumo da administração pública cresceu 0,6%. Houve, porém, forte queda, de 12,6%, nos investimentos.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2008, a queda foi de 1,8%. Também nesta base de comparação, a indústria lidera a queda (-9,3%), confirmando que a crise atingiu mais fortemente o setor industrial. O setor de serviços registrou crescimento de 1,7%. "A nossa expectativa é que no último trimestre o PIB já esteja na trajetória de crescimento de 3% a 4%", afirma Renaut Michel, assessor de Estudos Macroeconômicos do Ipea.


Indústria1
Sinal de recuperação

A produção industrial brasileira aumentou 1,3% em maio deste ano, em relação a abril, já descontadas as influências sazonais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Foi o quinto resultado positivo consecutivo nessa base de comparação, o que levou a uma expansão de 7,8% nesses cinco primeiros meses de 2009. Houve aumento generalizado de produção: indústria farmacêutica (9,7%), de veículos automotores (2%), metalurgia básica (3,1%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (6,6%), outros equipamentos de transporte (3,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,2%). Os únicos resultados negativos foram registrados nos segmentos de borracha e plástico (-2,7%), produtos de metal (-3,0%) e fumo (-8,4%), que, em abril, tinham crescido 6,8%, 6,6% e 12,8%, respectivamente.

Mas na comparação com maio de 2008, houve recuo de 11,3%. Há sete meses que a produção industrial registra quedas na comparação com resultados do ano anterior. No acumulado no ano, em relação a 2008, a atividade industrial caiu 13,9, o que representa redução do ritmo de queda. Em abril, estava em 14,6%. Na comparação com maio, houve queda de produção em 22 das 27 atividades pesquisadas pelo IBGE.

Para o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, os resultados positivos na comparação com o mês anterior indicam a retomada da atividade industrial e o início do processo de saída da crise. Os dados, segundo ele, reforçam a expectativa de crescimento econômico em 2009.


Indústria 2
Produção em queda na Europa...

A produção industrial nos 16 países da zona do euro caiu 21,6% em abril em comparação com o mesmo mês de 2008. Em relação a março deste ano, a queda foi de 1,9%. O resultado indica que o pior ainda não passou e aumenta os temores de desemprego em massa no continente. E parece confirmar que a Europa sofrerá mais com a recessão do que os países asiáticos. A retomada do crescimento econômico na Europa só deve ocorrer em meados de 2010, segundo previsões do Banco Central Europeu.

Os números desfavoráveis da produção industrial levaram o Banco Central Europeu a elevar suas estimativas para a queda no PIB da região, de 2,7% para 5,1%, em 2009. No próximo ano, a queda deve ser de 1%.


Indústria 3
...e em crescimento na China

A produção industrial chinesa cresceu 8,9% em maio de 2009 em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a maior alta em oito meses, puxada pelo crescimento das vendas no varejo (15,2%) e do crédito. Em abril, a indústria já tinha registrado crescimento de 7,3% em sua produção.

Embora a base de comparação seja fraca - em maio de 2008, a China foi abatida por um terremoto -, a taxa de crescimento superou as mais otimistas previsões.


Emprego
Tendência de crescimento

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, informou que foram gerados, em maio, 106,2 mil postos de trabalho no mercado formal, o que confirma a reversão na tendência de queda iniciada em novembro do ano passado, devido à crise econômica. Lupi acredita que até o final do ano serão criados mais de um milhão de postos de trabalho. No ano passado, mesmo com os efeitos da crise, o saldo de emprego foi de 1,45 milhão. De acordo com Lupi, há sinais de recuperação do emprego em todos os setores, inclusive na indústria, que vinha sofrendo mais com a crise.

Para o IBGE, a taxa de desemprego está estabilizada: ficou em 8,8% em maio, 8,9% em abril, e em 9% em março. Embora ainda seja elevada, a estabilização interrompeu uma sequência de três meses de aumento do desemprego no País. Na comparação com abril, a pesquisa de maio indica que não houve alteração no número de desempregados. Mas cresceu 13% em relação a maio de 2008: houve queda de 6% no emprego na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, e alta de 4,4% em educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 2,1% na comparação com maio de 2008.

Juros
Redução histórica

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, no mês passado, a taxa básica de juros, a Selic, para 9,25%. É a menor taxa da história da Selic, mas o setor produtivo acha que o corte poderia ser maior. Diversos países reduziram os juros a quase zero para enfrentar a crise econômica. Na avaliação de empresários e sindicalistas, a taxa de 9,25% é insuficiente para reativar a economia. Mas o Banco Central sinalizou, na ata do Copom, que a margem para redução da taxa a partir de agora ficou mais apertada. Novos cortes serão residuais, ou seja, bem menores.

FMI
US$ 10 bilhões do Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o Brasil pretende contribuir com até US$ 10 bilhões para o aumento de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI). Pela primeira vez na história, o Brasil, que recorreu diversas vezes a empréstimos do Fundo, irá emprestar à instituição. "É um sinal da solidez da economia nacional. Em meio à mais grave crise econômico-financeira desde a Segunda Guerra Mundial, o Brasil não apenas não pediu apoio financeiro ao FMI, como está em condições de emprestar um montante expressivo de recursos à instituição", comentou.

PA contribuição do Brasil faz parte do acordo do G20 para aumentar em R$ 500 bilhões os recursos do FMI para enfrentar a crise internacional.

Balança comercial
Superávit de US$ 2,6 bi em maio

O saldo da balança comercial de maio foi superavitário em US$ 2,6 bilhões, com exportações de US$ 11,9 bilhões e importações de US$ 9,3 bilhões. No ano, a balança comercial acumulou superávit de US$ 9,3 bilhões. Em valores, o resultado é 9,3% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Nesses primeiros cinco meses de 2009, as exportações foram de US$ 55,4 bilhões e as importações chegaram a US$ 46,1 bilhões. As contas são superavitárias por causa da queda nas importações bem superior à das exportações.

 
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