Livre comércio não é fórmula mágica |
2004. Ano 1 . Edição 1 - 1/8/2004
por Paulo Roberto de Almeida

Neste livro analisa-se o comércio global à luz de seus efeitos sobre o desenvolvimento humano. Segundo os autores, a liberalização comercial não assegura automaticamente esse desenvolvimento. As condições sociais e institucionais, tanto internas como externas, desempenham papel importante na determinação das vantagens que um país ou grupo de pessoas poderão obter da globalização do comércio.
De acordo com sua avaliação do impacto da liberalização comercial sobre os países em desenvolvimento, a experiência dos que tiveram sucesso na integração no comércio globalizado oferece duas lições importantes. Primeira, a integração econômica é resultado do crescimento e do desenvolvimento bem-sucedidos, e não um pré-requisito para eles.A segunda lição é a de que as inovações institucionais internas são parte integrante das estratégias de desenvolvimento que dão certo.
A discussão apresentada pode ser resumida em quatro princípios básicos: o comércio é um meio para alcançar um fim, e não um fim em si mesmo; as regras comerciais devem levar em conta a diversidade das normas e das instituições nacionais; os países devem ter o direito de proteger suas instituições e prioridades de desenvolvimento; e nenhum país tem o direito de impor suas preferências institucionais aos outros.
A edição em português é resultado de uma parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com apoio do Escritório da Fundação Ford no Brasil e do Internacional Institute of Education, de Londres.O lançamento será no dia 6 de setembro na sede da Enap, em Brasília. A edição foi coordenada por Kamal Malhotra, com a participação de Nilüfer Çagatay, Dani Rodrik e da equipe do Third World Network.
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