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Nos bastidores da invasão da Normandia

2004. Ano 1 . Edição 2 - 1/9/2004

Ottoni Fernandes Jr.

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Um livro imperdível para quem gosta de história. O historiador britânico David Stafford recria a tensão e a angústia dos dez dias que antecederam o desembarque das forças armadas na costa francesa, em 10 de junho de 1944, num ato decisivo para a derrota do nazismo. Faz a narrativa a partir das experiências do homem simples que veio do interior do Canadá para participar do Dia D, ou do judeu francês que, escondido num pequeno quarto no sexto andar de um prédio na Rue des Ecoles em Paris, acompanha as notícias da guerra ouvindo a BBC de Londres.

Stafford, que foi diplomata e é autor de diversas obras sobre Winston Churchill, escreve com a pena do jornalista, recriando o clima em Londres na antevéspera do desembarque. Relembra que era quase impossível evitar um claro sinal de que a invasão estava prestes a acontecer. Os militares desapareceram dos bares, teatros e restaurantes da capital britânica. Os dois milhões de militares estavam trancafiados nos acampamentos ou navios, o que não impediu um oficial inglês de burlar a vigilância, fugir e chegar até a casa da família para uma última despedida. Ele acabou capturado pelo serviço de segurança inglês, que rastreou seus movimentos e colocou em isolamento todos os que tiveram contato com o fujão.

Foram dias memoráveis. Roma caiu no dia 4 de junho. Enquanto os navios dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá preparavam-se para zarpar para a costa da Normandia, 2,5 milhões de soldados soviéticos, 5,2 mil tanques e 5,3 mil aviões preparavam a ofensiva final para expulsar as tropas alemãs do território da União Soviética e avançar sobre a Alemanha, o que aconteceu em 9 de junho.

Um livro equilibrado, resultante de intensa pesquisa, que tem o seu ponto mais vibrante no racconto da artimanha dos aliados sobre o ponto do desembarque para ludibriar o alto comando alemão. E aí surge a extraordinária figura de Arabel, tido como o melhor agente nazista infiltrado na Grã-Bretanha, mas que na realidade trabalhava para os aliados e teve excepcional papel no sucesso do Dia D.

Uma das novidades de Dez Dias para o Dia D, é o detalhamento dos conflitos entre o general Charles de Gaulle, comandante das tropas francesas, o primeiro- ministro Churchill e o supremo comandante das forças aliadas, o general Dwight Eisenhower. Conhecedor do temperamento arrogante e obstinado do líder francês, Churchill só pretendia comunicar-lhe o desembarque depois do ocorrido, mas convencido pelo ministro do Exterior Anthony Eden, tratou de convidá-lo para ir a Londres antes do ataque à Normandia. De Gaulle chegou no dia 4 de junho e foi ao encontro de Churchill e Eisenhower no Quartel-General das forças aliadas em Southwick House. Lá ficou sabendo que a declaração de libertação assinada por Eisenhower não mencionava o Comitê de Libertação Nacional por ele chefiado e o clima foi azedando. No dia 5, Churchill chegou a dar ordens para mandar De Gaulle de volta para Argel, acorrentado.

 
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