2005. Ano 2 . Edição 16 - 1/11/2005

O economista Paulo Nogueira Batista Jr., professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, não esconde suas posições e se declara nacionalista, mas não xenófobo.

Ottoni Fernandes Jr

O economista Paulo Nogueira Batista Jr., professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, não esconde suas posições e se declara nacionalista, mas não xenófobo. Logo na apresentação de O Brasil e a Economia Internacional adverte o leitor de que o livro é "obra de um solitário, de um individualista intransigente, que interage pouco com seus colegas de profissão". Reconhece os progressos do Brasil na área internacional, especialmente por ter conseguido alcançar superávits nas contas externas, revertendo um longo ciclo, mas passa o alerta de que ainda existe muita vulnerabilidade às flutuações cambiais e financeiras do mercado global.
É um livro imprescindível para quem quer entender os desafios que o Brasil enfrenta nas negociações comerciais na Organização Mundial do Comércio (OMC). Nogueira Jr. também analisa os efeitos da estabilização econômica posterior a 1994 nas relações internacionais do Brasil. Lembra que o Brasil não deve esperar concessões da União Européia e dos Estados Unidos para ter acesso adicional a seus mercados. Prevê um crescimento mais lento do comércio mundial, risco de alta da taxa de juro e falta de liquidez, o que poderá prejudicar os países emergentes.

Ottoni Fernandes Jr.

O Brasil e a Economia Internacional
Recuperação e defesa da autonomia nacional
Paulo Nogueira Batista Jr.
Editora Campus/Elsevier, 2005, 155 p., R$ 35,00