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Livros e Publicações

2009 . Ano 6 . Edição 54 - 30/10/2009

rd54sec12img01Brasil em Desenvolvimeto Estado, Planejamento e Políticas Públicas - Ipea - 4 Volumes
José Celso Pereira Cardoso Júnior, Organizador
O livro pode ser baixado gratuitamente no site www.ipea.gov.br

O Ipea e a reflexão sobre o desenvolvimento nacional

Por meio de processo interno de planejamento estratégico, a temática do desenvolvimento brasileiro, em algumas de suas dimensões de análise mais relevantes, foi eleita como o mote principal de atividades e projetos do Ipea ao longo do triênio 2008/2010. Inscrito como missão institucional - produzir, articular e disseminar conhecimento para aperfeiçoar as políticas públicas e contribuir para o planejamento do desenvolvimento brasileiro - este mote pretende realizar-se no cotidiano da instituição por meio de iniciativas várias.

A mais significativa delas diz respeito ao projeto Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro, que tem por objetivo servir como plataforma de reflexão acerca das oportunidades e dos entraves que se apresentam ao desenvolvimento nacional. Trata-se, sabidamente, de projeto ambicioso, mas indispensável para um órgão que pretende contribuir de forma efetiva com o país na produção de conhecimento crítico à tomada de posição frente aos desafios da contemporaneidade mundial.

Inserida neste grande projeto, o Ipea acaba de lançar o Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas, publicação de caráter institucional que pretende promover e refletir, anualmente, um balanço crítico sobre o papel e os limites da atuação do Estado brasileiro sobre o desenvolvimento do país, tendo como objeto diferentes iniciativas do governo federal implementadas no período recente. Planos de ação, políticas, programas e outras ações nas áreas regional, urbana, ambiental, produtiva, social e de promoção de direitos são examinadas no que tange ao seu desenho, alcance, implementação, resultados recentes, desafios e perspectivas futuras.

Para alinhavar essas análises, a publicação recorre a informações geradas pela atividade cotidiana de assessoramento técnico e pesquisa aplicada praticada pelos servidores do Ipea junto a seus parceiros em ministérios e outros órgãos e instâncias de governo. Paralelamente, faz uso também do conhecimento acumulado pelo órgão por meio de atividades permanentes de acompanhamento, análise, avaliação e prospecção das ações do governo federal em cada um dos campos de atuação e conhecimento das diretorias do Ipea.

Assim, ao reforçar sua vocação em associar-se a órgãos e instâncias governamentais para o acompanhamento e avaliação de políticas públicas, bem como para a produção de estudos e pesquisas aplicadas nas mais variadas áreas do conhecimento nas quais atua, o Ipea logra não apenas fornecer subsídios técnicos aos processos governamentais de tomada de decisão, como também gerar análises de caráter mais amplo sobre os rumos e os desafios do desenvolvimento nacional.

É com satisfação, portanto, que se traz a público este Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas, na crença de que possa produzir, por meio de suas edições anuais, incremento analítico gradual de compreensão acerca dos diversos temas e assuntos em pauta na agenda pública brasileira e, com isso se obter, ao longo dos anos, capacitação técnica e visão institucional abrangente e aprofundada acerca dos problemas nacionais e da capacidade do Estado, do planejamento e das políticas públicas de enfrenta-los adequadamente. 

 

rd54sec12img02Da pobreza ao poder ? como cidadãos ativos e Estados efetivos podem mudar o mundo"
Duncan Green, Chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas de Oxfam Cortez Editora e Oxfam Internacional - 648 páginas - 59 Reais Já nas livrarias

O mundo desigual

Eliminar os flagelos da pobreza, da desigualdade e da ameaça de um colapso ambiental decorrente do aquecimento global é o maior desafio a ser enfrentado pelas sociedades contemporâneas. Atualmente, uma em cada seis pessoas no mundo sofre os efeitos perniciosos da fome, da miséria, da doença e da ansiedade gerada por um futuro incerto e sombrio. A renda dos 500 bilionários mais ricos do mundo supera a dos 416 milhões de pessoas mais pobres do planeta. Dito de outra forma, a economia globalizada produz, anualmente, um PIB per capita da ordem de US$ 9.543, valor 25 vezes maior do que os US$ 365 por ano que definem a "extrema pobreza" de um bilhão de seres humanos: ou seja, recursos não faltam, o problema reside na sua desigual distribuição. Muito para poucos e quase nada para muitos. Além disso, segundo dados da Oxfam, os pobres serão as principais vítimas do efeito estufa: o número de pessoas vítimas de catástrofes naturais devido às mudanças climáticas chegará a 375 milhões em 2015.

As desigualdades também são gritantes dentro dos países. Crianças nascidas nos domicílios mais pobres de Gana ou Senegal correm um risco duas ou três vezes maior de morrer antes de completar cinco anos de idade do que crianças que vêm ao mundo nas famílias mais abastadas desses países. A desigualdade potencializa a discriminação de gênero, raça, etnia ou casta e, geralmente, tem sua origem na própria discriminação. No Brasil, dois terços dos pobres são negros. E mais: os jovens negros têm duas vezes e meia mais chance de ser assassinados do que jovens brancos.

Da pobreza ao poder, de autoria de Duncan Green e publicado no Brasil como resultado de uma parceria entre Oxfam Internacional e a Editora Cortez, busca contribuir para um debate que se faz cada vez mais urgente, o do desenvolvimento com inclusão sócio-ambiental. Sua análise baseia-se na experiência da Oxfam e de seus parceiros e aliados em mais de 100 países, bem como de acaloradas discussões com acadêmicos e profissionais da área de desenvolvimento. O livro transmite a mensagem de que é preciso construir um novo pacto global que possibilite a redistribuição mais justa de poder, participação, oportunidade e ativos. Para que esse pacto seja bem sucedido faz-se necessário combinar cidadãos ativos com Estados efetivos. Conforme destaca Amartya Sen, que escreve o Prefácio da obra, "O livro cita, apresenta e investiga um estudo de caso após o outro para mostrar como esforços deliberados e organizados provocam mudanças".

Para o Embaixador Rubens Ricupero, que apresenta a edição brasileira do livro, sua publicação é extremamente oportuna no meio a uma crise econômico-financeira devastadora que agrava em todo o mundo o número de pobres e seu sofrimento: "A coincidência serve para pôr em realce a ligação que existe entre as crises e os valores morais e humanos, assim como o perigo fatal de considerar a economia ou os mercados como neutros ou indiferentes à ética e à justiça".

Para Duncan Green, a luta contra as mazelas da fome, da pobreza, da desigualdade e do aquecimento global definirá o século XXI como a luta contra a escravidão ou pelo sufrágio universal definiu eras pregressas. Se falharmos, as gerações futuras não nos perdoarão. Se formos bem sucedidos nesse esforço, elas se perguntarão como o mundo tolerou essa injustiça absurda e sofreu seus efeitos por tantos anos.

 
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