2005. Ano 2 . Edição 15 - 1/10/2005
Reciclagem para exportação
A tecnologia pioneira e 100% nacional de reciclagem via plasma de embalagens do tipo longa-vida já atrai interesse internacional. Está sendo exportada para a Espanha, e uma delegação chinesa esteve em setembro no Brasil para acompanhar todo o processo de coleta seletiva e reciclagem. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo, em conjunto com a Tetra Pak, a Klabin, a Alcoa e a TSL Ambiental, desenvolveu uma tecnologia que permite a separação total dos resíduos da reciclagem, o que é uma grande novidade. As embalagens longa-vida são compostas de camadas de papel, plástico e alumínio. Já existia um método para separar o papel, que podia ser usado na confecção de caixas de papelão, enquanto a mistura de plástico e alumínio era empregada na fabricação de telhas e vassouras. A tecnologia de reciclagem via plasma permite a separação do plástico e do alumínio. "O reaproveitamento do resíduo agrega valor. Como um ciclo virtuoso é criado, é possível que a indústria de reciclagem aumente em 30% a remuneração das cooperativas de catadores", acredita André Vilhena, diretor executivo da associação sem fins lucrativos Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). O plástico é transformado em parafina, usada na indústria petroquímica, e o alumínio, em lingotes de alta pureza.
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