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Ciência & inovação

2006. Ano 3 . Edição 26 - 1/9/2006

Pesquisa Nair Rabelo
Texto Andréa Wolffenbüttel


Robótica

Nada mais é ficção

O imaginativo e futurista Isaac Asimov certamente ficaria encantado com a engenhoca criada por pesquisadores suíços e norte-americanos. Eles fizeram uma árvore com músculos artificiais, de polímeros eletroativos, que percebe a aproximação de pessoas e abre seus galhos num gesto delicado, como para abraçá-las. A novidade foi construída pela empresa suíça Belluard Bollwerk International (BBI) e contou com o patrocínio da Fundação Nestlé para a Arte. Os criadores acreditam que Brisa, como foi batizada a árvore, marca o nascimento de uma nova ciência, a robotânica.Talvez a expectativa seja um pouco exagerada, mas ninguém nega que o invento é quase uma obra de arte.

Saúde

Vacina anticâncer

Foi aprovada nos Estados Unidos a primeira vacina contra o câncer de colo do útero, com poder de imunizar mulheres contra quatro tipos de HPV (Papiloma Vírus Humano). Os testes, iniciados no ano 2000 nos Estados Unidos, no Brasil e na Noruega, envolveram 25 mil pessoas. No Brasil, são 3 mil voluntárias, de 150 instituições. Segundo Ronaldo Costa, chefe do Departamento de Ginecologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca), onde são acompanhadas algumas das voluntárias, neste ano deverão ser registrados, no país, 20 mil casos de câncer de colo do útero e mais de 4 mil mortes. Infelizmente, ainda não se definiu a data de lançamento comercial da vacina.

Beleza pura

O azul do céu carioca

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A equipe de pesquisadores de radiação óptica do National Physical Laboratory (NPL), da Inglaterra, deu uma colher de chá a uma disputa divertida. O site The Blue Sky Explorer ("O explorador do céu azul", em inglês), de uma agência de turismo, decidiu eleger a região do planeta em que a beleza do céu fosse mais estonteante. Escolheu uma produtora de televisão, a escocesa Anya Hohnbaum, para fazer uma maratona de 72 dias, passando por vinte pontos preestabelecidos nos seis continentes. A escolha, afinal, foi subjetiva, determinada pelo gosto de Hohnbaum, mas isso não tira o mérito do campeão: o céu carioca. Os cientistas ingleses fizeram uma série de testes de claridade, cor, luminosidade e densidade das nuvens, além de um estudo do comportamento do clima ao longo do ano.Também registraram a reação do cérebro de Hohnbaum sempre que ela desembarcava numa nova localidade. O chefe do departamento, Nigel Fox, que coordenou o trabalho, garante que os critérios foram consistentes com os padrões internacionais de pesquisa.Aí está a lista dos céus mais deslumbrantes.

O ranking do firmamento
Rio de Janeiro, Brasil
Bay of Islands, Nova Zelândia
Ayers Rock, Austrália
Denarau Island, Ilhas Fiji
Cidade do Cabo, África do Sul

Combustíveis

Via de mão dupla

Uma equipe de brasileiros, representantes de toda a cadeia de produção de motores bicombustíveis, desembarcou na África do Sul no final de agosto. Objetivo da missão: transferir a tecnologia de fabricação de carros movidos a gasolina e álcool e, assim, abrir novos mercados para o combustível derivado da cana-de-açúcar. A África do Sul é o único país africano que tem montadoras de automóveis. Produz 550 mil unidades por ano.A quantidade é pequena se comparada à brasileira, mas é maior do que a registrada na Argentina. No Brasil, apenas três anos após seu lançamento, os carros com motores flexíveis respondem por mais de 75% das vendas.


P&D

Por conta própria

O caso mostra a importância da aplicação de recursos em pesquisa e desenvolvimento. Em 2000, Sergio Varkala Sangiovani, engenheiro paulista, desenvolveu um filtro de poluentes para motores a diesel.Como não encontrou patrocinador nacional, trabalhou por conta própria até testar a nova tecnologia, capaz de barrar partículas com menos de 2,5 micrômetros (milionésima parte do metro) de diâmetro, que são muito prejudiciais à saúde.O protótipo foi doado à prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, local dos testes, onde será instalada a linha de produção do filtro. A fábrica será subsidiária da Sabertec, empresa com sede nos Estados Unidos que financiou a etapa final da pesquisa e lançará a invenção nos mercados brasileiro e americano.

Trânsito

Nem um segundinho

No Brasil, nos Estados Unidos, na Austrália, em toda parte as pesquisas comprovam: não se pode distrair um instante no volante. No Brasil, levantamentos feitos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) no Paraná indicam que a desatenção é causa de 30% das mortes e ferimentos em acidentes.A Associação Brasileira de Medicina de Trânsito considera distração não apenas falar ao telefone celular, mas também fumar ou virar a cabeça para observar um carro ao lado. Motorista seguro é o que não faz nada além de prestar atenção no trânsito.A Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos Estados Unidos fez um estudo minucioso e avisou: 80% dos acidentes acontecem três segundos após alguma distração do motorista. Ou seja, não dá para pestanejar. O trabalho mais recente vem da Austrália. Depois de analisar o comportamento de 1,3 mil motoristas com idade entre 18 e 65 anos, pesquisadores do Instituto George para Saúde Internacional e da Universidade do Leste da Austrália descobriram que a cada seis minutos, em média, pelo menos um deles se distraiu; e que 72% dos acidentes ocorreram nesses momentos. Portanto, olho vivo!

6,67 bilhões de bits é a quantidade de dados que os cientistas da IBM conseguiram "espremer" em 1 polegada quadrada de fita magnética. Assim, uma fita magnética de dados, menor do que meia fita VHS, poderá armazenar 8 terabytes (15 vezes a capacidade atual). Os fabricantes estimam sua vida útil em um século e garantem que é mais segura para guardar informações do que CDs e DVDs.

Deficientes

Bengalas eletrônicas

Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Eletrônica da Fundação Educacional Inaciana (FEI), de São Paulo, desenvolveram uma bengala eletrônica para portadores de deficiência visual que localiza objetos a 3 metros e meio de distância, identifica cores e emite sinal sonoro de aviso. O aparelho custa 300 reais.Tem o tamanho de um telefone e dois botões com comandos em braile."É um dispositivo que pode ficar dentro da mochila ou preso na cintura. Identifica todo tipo de obstáculos, entre eles buracos, postes ou árvores", diz Fábio Misserino, um dos alunos que participaram do projeto. Uma bengala semelhante foi criada por pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina. No entanto, em vez de som, emite um sinal tátil que se torna mais incisivo à medida que os obstáculos se aproximam. "O projeto tem três anos, seu registro de patente já foi pedido no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), e queremos que esteja logo no mercado, porque não há nada semelhante à disposição no Brasil", diz Alejandro Garcia Ramirez, engenheiro elétrico da Univali.

Criatividade

Ao sabor do vento

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Um protótipo de carro esportivo projetado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apelidado de CEA-M2,foi o campeão da Maratona da Eficiência Energética promovida pela Confederação Brasileira de Automobilismo no final de julho. Com apenas 1 litro de gasolina, o bólido percorreu 598,8 quilômetros à velocidade média de 24 quilômetros por hora. O truque? Tecnologia de ponta em aerodinâmica, controles eletrônicos e um mecanismo que liga e desliga o motor automaticamente, aproveitando a inércia para manter o carro em movimento, num ritmo mais ou menos constante. A disputa mobilizou escolas de engenharia de todo o país.

Autismo

Como descobrir

Uma pesquisa feita com crianças e adolescentes atendidos pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF),da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),no Rio de Janeiro, comprovou a eficiência do eletrencefalograma (exame que registra as variações do potencial elétrico do cérebro) na detecção do autismo. O transtorno neurológico, de gravidade variável, afeta, em média, uma em 1.000 pessoas. Seus sintomas demoram a ser percebidos. A vantagem da descoberta, tema de tese do neuropediatra Adailton Pontes, é que o eletrencefalograma tem custo muito inferior ao da ressonância magnética e ao da tomografia computadorizada,exames usualmente pedidos pelos médicos para a conclusão diagnóstica.

 
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