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Ciência & tecnologia

2007 . Ano 4 . Edição 36 - 10/10/2007

Pesquisa e Texto Sérgio Garschagen

OGMs
CNPq investe em cursos de biossegurança
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) destinará R$ 500 mil para projetos de capacitação de recursos humanos em biossegurança de organismos geneticamente modificados (OGMs). As propostas poderão ser apresentadas por coordenadores de curso, professores e pesquisadores com título de doutor, vinculados a programas de pós-graduação em instituições brasileiras de ensino superior, institutos ou centros de pesquisa e desenvolvimento, públicos ou privados. As inscrições estão abertas até o dia 12 de novembro. Serão apoiados projetos na área de saúde humana, animal, vegetal, meio ambiente, fluxo gênico e medidas de manejo e procedimentos de descarte de OGMs. Segundo o CNPq, serão apoiados até dez cursos de curta duração no valor máximo de R$ 50 mil cada, em nível de pósgraduação, direcionados a estudos básicos e aplicados na área..

Aquecimento global
Águas profundas para salvar algas
O cientista e ambientalista James Lovelock, professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, propôs, em artigo publicado na revista Nature, o bombeamento de água do fundo dos oceanos para a superfície, com o objetivo de estimular a reprodução das algas. A medida estimularia a capacidade de o planeta Terra curar a si mesmo, com tratamento de emergência para o que chama de "patologia do aquecimento global". O texto foi publicado em co-autoria com Chris Rapley, do Museu de Ciência de Londres. Lovelock é o criador da hipótese de Gaia, sugerida para explicar o comportamento sistêmico do planeta Terra, encarado como um grande organismo. A idéia é de instalar tubos com até dez metros de diâmetro, que, com o movimento das ondas, bombeariam para a superfície a água que está entre 100 metros e 200 metros de profundidade. A mistura de águas ricas em nutrientes sob a termoclina - região onde há um decréscimo brusco de temperatura da água - com a água relativamente estéril da superfície estimularia o crescimento das algas. "A água bombeada fertilizaria as algas na superfície e estimularia seu desenvolvimento. Isso diminuiria o dióxido de carbono e produziria dimetil sulfito, o precursor dos núcleos que formam nuvens refletoras de luz solar", diz o artigo.

Satélites
UnB desenvolve propulsor para agência espacial
Pesquisadores do Departamento de Física da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram, com financiamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), um protótipo de propulsor a plasma capaz de aumentar a vida útil de satélites de pequeno e médio porte. O Phall-I, como é denominado o equipamento, utiliza técnica inovadora para corrigir a órbita de satélites, com grande economia de energia elétrica. Foram utilizados ímãs como fonte de campo magnético, combinados com um campo elétrico gerado por um anodo no interior de um cilindro em que o plasma é produzido e, ao ser expelido, faz com que o satélite se movimente em resposta ao empuxo produzido. Plasma é um gás altamente ionizado e constituído por elétrons e íons positivos livres, de forma que a carga elétrica total é nula. Segundo o coordenador do trabalho, José Leonardo Ferreira, chefe do Laboratório de Plasma da UnB, a técnica permite a diminuição em até 30% da energia elétrica. Os testes com o Phall-I foram realizados em uma câmara de vácuo com dois metros de comprimento e pressão um milhão de vezes menor do que a atmosférica, que também foi construída pelos pesquisadores na UnB.

Efeito colateral
Antidepressivo causa perda ou ganho de peso
Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB) destacou que os efeitos colaterais de antidepressivos causam perda ou ganho de peso nos pacientes. O trabalho de Helicínia Giordana Peixoto, apresentado como dissertação de mestrado, verificou o perfil nutricional e sua associação com antidepressivos utilizados por 300 indivíduos com transtorno depressivo, de idades entre 18 e 60 anos, assistidos no ambulatório do Hospital São Vicente de Paula, ligado à Secretaria de Saúde do Distrito Federal e especializado no atendimento de pacientes psiquiátricos. A grande maioria dos indivíduos analisados era do sexo feminino (89%). Da amostra analisada, 62% dos pacientes estavam acima do peso - 34% com sobrepeso e 28% eram obesos. Além disso, 5% apresentaram algum grau de desnutrição. "O transtorno depressivo leva à diminuição da serotonina, um hormônio responsável pelo prazer, fazendo com que os pacientes apresentem tristeza e desânimo. Nesse contexto os antidepressivos podem tanto estimular o apetite e gerar compulsão alimentar, o que pode levar ao ganho de peso, como os indivíduos podem ter o apetite diminuído e perder peso", conclui a pesquisadora.

Saúde
Apnéia obstrui artérias
Pesquisadores brasileiros do Instituto do Coração (Incor) e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) comprovaram que o tratamento da apnéia obstrutiva do sono (AOS) pode prevenir a arteriosclerose, diminuindo o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares. O trabalho está publicado na edição de outubro do American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, revista da Sociedade Torácica Norte-Americana. De acordo com Luciano Drager, principal autor do artigo, pela primeira vez um estudo demonstra uma relação direta entre a AOS e a arteriosclerose. "O avanço que a pesquisa traz à área, que ela acrescenta na literatura, é que a apnéia é um novo fator de risco para a arteriosclerose", diz.

Bactéria
Salmonella mais virulenta após viagem espacial
UPesquisa realizada por 41 cientistas de diversos países com bactérias de Salmonella typhimurium comprovou que elas ficaram três vezes mais virulentas após uma curta viagem espacial. Durante vôo do ônibus espacial, em setembro de 2006, a astronauta Heidemarie M. Stefanyshyn-Piper ativou o crescimento da bactéria, comum em intoxicação alimentar, em recipientes isolados e fixou as culturas após um dia de crescimento com mudanças nos níveis de expressão de proteínas.

A análise posterior feita pelos cientistas, liderados por James Wilson, da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, verificou alterações importantes. Comparados com amostras da mesma bactéria que foram armazenadas em frascos na Terra e ativados simultaneamente, os microrganismos que foram ao espaço tiveram alterações na expressão de 167 genes. Surpresa maior foi descobrir que o período em órbita da Terra foi suficiente para torná-los mais perigosos.

A capacidade de infecção foi verificada em camundongos. O estudo será publicado no site e na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas). Segundo os autores, uma importante proteína, a Hfq, pode ser a responsável pelo aumento na capacidade infecciosa. O artigo Spaceflight alters bacterial gene expression and virulence and reveals, de James Wilson e outros, poderá ser lido por assinantes da Pnas no site www.pnas.org. Desafios

Sensoriamento remoto
Aumenta área plantada com cana em São Paulo
A área cultivada com cana-deaçúcar no Centro-Sul do país aumentou 12,3% em um ano. Só no Estado de São Paulo, responsável por 68% da cana cultivada na região, o total subiu de 3,04 milhões para 3,35 milhões de hectares entre as safras 2005/2006 e 2006/2007. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que desde 2003 utiliza imagens de sensoriamento remoto, fornecidas por sensores dos satélites Landsat e Cbers, para mapear e quantificar a área cultivada em oito estados: Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e São Paulo.

 
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