Análises e Previsões: Desemprego, o pior efeito da crise |
2009 . Ano 6 . Edição 51 - 07/06/2009 Trabalho: Desemprego, o pior efeito da crise Um dos piores efeitos da crise econômica é sobre o nível de emprego, porque impacta diretamente as condições de vida da população e também a atividade econômica. A massa dos rendimentos do trabalho é um dos principais componentes da demanda interna: os salários alimentam os serviços e o comércio, que encomendam da indústria. O comportamento do mercado de trabalho, portanto, pode contribuir para abrandar ou para ampliar os efeitos da crise. No Comunicado da Presidência nº 21 - "Crise Internacional: impactos sobre o emprego no Brasil e o debate para a constituição de uma nova ordem global" -, o Ipea traça uma radiografia do movimento geral de admissões e demissões com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego e da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. E mostra que a crise está mais forte no interior do País e em municípios mais industrializados. Depois da forte queda em dezembro, quando foram fechados 650 mil postos de trabalho, o mercado de trabalho voltou a reagir timidamente: foram criados 106,2 mil novas vagas em abril, fechando o quadrimestre com saldo positivo de 48,4 mil postos. Mesmo com os sinais de recuperação, a tendência é o aumento da taxa de desemprego, porque o contingente de jovens que chega à idade de ingressar no mercado de trabalho é muito superior ao número de vagas que deve ser criado este ano. No documento, que está disponível no sítio www.ipea.gov. br, o Ipea chama a atenção para o fato de ainda não terem sido encontrados consensos capazes de levar a uma nova arquitetura econômica mundial.
As publicações do Ipea Constituição de 1988 Revisitada e os Comunicado da Presidência nº 13, com as primeiras análises da PNAD 2007, mostram que houve avanços significativos no direito à moradia no Brasil, pois a proporção da população residente em domicílios urbanos com condições de moradia adequadas passou de 50,7% em 1992 para 65,5% em 2007. Contudo, a população urbana com condições de moradia inaquedada ainda era de 54,6 milhões em 2007. Os principais componentes da inadequação são a falta de esgoto e água, seguidos do adensamento excessivo. As melhores condições de moradia encontram-se nas regiões Sudeste (77,9%) e Sul (71%). As desigualdades raciais e socioeconômicas no acesso à moradia caíram, mas ainda são muito altas. Os negros, os pobres, crianças e os moradores de assentamentos precários ainda apresentam piores condições de moradia do que a média dos brasileiros. Com exceção dos moradores em favelas e do ônus excessivo com aluguel, os demais indicadores apresentaram performance positiva entre 1992 e 2007. A PNAD 2007 também mostrou que 61% da coabitação familiar se deve à falta de recursos financeiros.
|