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Observatório latino americano - O que pensam os líderes da região

2009 . Ano 6 . Edição 50 - 21/05/2009

Por Ana Carolina Oliveira - de Brasília

Que a crise financeira trouxe consequências para todos os países do mundo, ninguém pode negar, mas a situação dos países da América Latina parece ser diferente das sofridas pelos países dos demais continentes. No último mês, dirigentes de instituições internacionais emitiram diferentes opiniões sobre o assunto.

A vice-presidente para a América Latina e Caribe no Banco Mundial (Bird), Pamela Cox, por exemplo, acredita que a região se encontra bem posicionada para gerir a crise econômica mundial e não precisa recorrer a pacotes de socorro internacionais como os pedidos pelas economias do Leste Europeu. "O impacto da crise na América Latina é certamente muito diferente do que o impacto na Europa Oriental", afirmou.

Enquanto Pamela Cox crê que a América Latina está mais bem preparada para enfrentar este momento de turbulência econômica, o presidente da Associação Econômica da América Latina e Caribe (Lacea), Mauricio Cárdenas, prevê que o pior da crise chegará à América Latina somente no próximo semestre. Para ele, os países latinoamericanos só vão se recuperar depois que a retomada começar nos Estados Unidos, onde a crise se originou. "A América Latina está só começando a sentir os efeitos da crise", disse.

Mesmo com previsões tão diferentes, alguns países da região já tomam medidas para o enfrentamento da crise desde setembro. Na Argentina, por exemplo, a presidente Cristina Kirchner passou a exigir licenças automáticas de importação para um conjunto de 1.200 itens, além de elevar os preços mínimos de importação para 120 produtos brasileiros e chineses. O Chile também já começou a anunciar suas medidas anticíclicas e uma delas foi o corte na taxa básica de juros daquele país.


Bienvenidos

Funcionando há pouco mais de dois meses no Brasil, a Representação da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib) já começou a trabalhar em projetos nas áreas de inovação tecnológica, políticas públicas e cultura. A agenda da Organização inclui a promoção de dois seminários e a entrada do País em programas já instituídos em outras nações. Segundo Agustin Espinosa, chefe do Escritório da Representação da Segib no Brasil, o Organismo Internacional já possui escritórios no Uruguai, Panamá e México.

Desafios - Por que a escolha do Brasil para montar um novo escritório?

Agustin Espinosa - O Brasil é um dos países mais importantes entre os iberoamericanos. Além disso, um país com essa dimensão geográfica e com 200 milhões de habitantes, não seria possível a Segib não ter uma representação aqui. Com um Escritório no Brasil, a Secretaria poderá interpretar melhor os interesses do Brasil dentro dessa Organização e contribuir para que a presença do Brasil seja cada dia maior dentro da Segib.

Desafios - Quais projetos serão implantados pela Segib no Brasil?

Espinosa - Já temos dois seminários previstos no Brasil: um em São Paulo e outro na Bahia. O primeiro deve acontecer entre os meses de junho e julho em São Paulo. O tema dele é inovação empresarial. O seminário está sendo organizado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, em estreita sintonia com a área responsável do Ministério das Relações Exteriores, e com o apoio de diversas entidades atuantes na área, tanto do setor público como de órgãos do setor privado, tais como IPEA, ABDI, BNDES, SEBRAE, CNI, FIESP, etc. O evento contará com a presença de especialistas de países íbero-americanos e contará ainda com a participação da CEPAL, Banco Mundial, BID, CAF, dentre outros. O segundo está previsto para setembro na Bahia e tratará de políticas públicas para a promoção da igualdade racial na América Latina. Este trabalho é realizado em estreita parceria com o Ipea.

Além disso temos vários programas da Segib sediados no Brasil. Um deles é o Ibermuseus, que tem como objetivo a promoção dos museus como espaço de conhecimento e resgate da memória cultural e artísticas dos nossos países. O outro visa apoiar a implantação de Bancos de Leite Humanos em diversos países íbero-americanos, com a finalidade de contribuir para a redução da mortalidade infantil. Temos também outros programas dentro da Segib que queremos a associação do Brasil, como o Iberorquestras (para a promoção de orquestras juvenis de países ibero-americanos) e o Ibercena (promoção do teatro como expressão de nossa cultura nos países ibero-americanos).

Desafios - Como surgiu esse plano de expansão da Segib?

Espinosa - Há três anos, o Secretário - Geral da Segib, Enrique Iglesias, tinha a intenção de ter representações no exterior. Essas representações deveriam ser mínimas, para não pressionarem o orçamento da Sede. Na minha função de Diretor do Escritório, todas as semanas tenho contatos com as autoridades brasileiras e as informo sobre o que a Segib está fazendo. Após esses contatos, transmito para o Secretario Geral todas as preocupações do Governo brasileiro sobre cada um dos temas da agenda. Isso garante um contato estreito entre o secretario geral e os governos dos países membros.

Desafios - Quais parcerias a Segib pretende fazer com o Ipea em 2009?

Espinosa - O primeiro acordo de cooperação que a Segib assinou no Brasil foi com o Ipea. Com esta nova parceria, podemos desenvolver projetos em todas as áreas que forem de interesse mútuo, ou seja, não temos limite. Neste momento, já temos duas parcerias encaminhadas que é o seminário de inovação empresarial e o seminário de políticas públicas para a promoção da igualdade racial. Também temos contato diário com todos os técnicos e autoridades do Ipea, já que nosso Escritório fica no mesmo prédio.

 
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