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Observatório latino americano - América Latina receberá menos capital

2009 . Ano 6 . Edição 51 - 07/06/2009

A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) prevê queda entre 35% e 45% nos investimentos estrangeiros na região, neste ano. Em 2008, os países latino-americanos e caribenhos receberam US$ 128,301 bilhões de investimentos estrangeiros, o que corresponde a um aumento de 13% em relação a 2007.

A Cepal ressalta que as condições econômicas, que levaram ao recorde de investimentos na região, em 2008, mudaram completamente. No ano passado, Brasil, Chile e Colômbia receberam 80% dos recursos estrangeiros investidos na América do Sul. Já os fluxos para o México e Bacia do Caribe apresentaram desempenho negativo.

A questão é que os países responsáveis pelo maior volume de investimento nos últimos anos, como os Estados Unidos e os da União Europeia, estão em recessão. A instituição destaca ainda que a América Latina e o Caribe receberam apenas 8% do investimento estrangeiro direto mundial no ano passado, enquanto a Ásia e a Oceania receberam 21%.

Já as empresas latino-americanas investiram US$ 34,5 bilhões no exterior, em 2008. Segundo a Cepal, o valor é o segundo maior da história, o que indica que o processo de internacionalização das grandes empresas latino-americanas continuou de forma vigorosa no último ano.


Remessas à América Latina cairão 7% em 2009

Os latino-americanos que vivem fora da região deixarão de remeter, este ano, em torno de US$ 64 bilhões aos seus países, devido à crise econômica mundial. As remessas para a América Latina cairão 7% este ano, segundo relatório do Centro de Estudos de Diálogo Interamericano. O estudo "Migração e remessas em tempos de recessão" leva em conta o aumento do desemprego entre os latinoamericanos que vivem fora de seus países, a queda em suas receitas, os menores fluxos migratórios e as deportações.

O documento afirma que um milhão de famílias deixarão de receber remessas neste ano e outros quatro milhões receberão em média 10% a menos do que em 2008. O relatório lembra que a gravidade da crise nos Estados Unidos, epicentro da atual recessão global, tem um forte impacto sobre as remessas, já que 65% dos imigrantes latino-americanos residem naquele país. Além disso, 75% do dinheiro que chega à região vêm de terras americanas.

A queda no fluxo de remessas afetará fortemente a República Dominicana, Haiti, Nicarágua e Paraguai. Esses países dependem muito da ajuda dos imigrantes, pois quase 60% da população têm um parente residente no exterior e a metade dessas famílias recebe dinheiro vindo de fora.

Em El Salvador e Nicarágua, as remessas representam cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB). No Haiti, o percentual chega a 30%. Na República Dominicana, passa dos 7%. As conclusões do relatório coincidem com as de outros estudos anteriores. Em março, o Banco Interamericano de Desenvolvimento já havia alertado para a queda das remessas enviadas pelos emigrantes a seus países de origem na América Latina. Se confirmada, será a primeira queda em nove anos.


AL se recuperará mais rápido da crise, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que os países da América Latina e Caribe se recuperarão mais rapidamente da crise do que os países ricos. Porém, isso só deve acontecer no segundo semestre de 2009, ou seja, até junho a região ainda deverá sofrer com os impactos da turbulência na economia internacional.

Segundo o FMI, o PIB da América Latina e Caribe deverá ter uma retração de 1,5% neste ano e crescerá 1,6% em 2010.

"Não há dúvida de que a turbulência global está influenciando a região, mas por outro lado, a América Latina atualmente dispõe de um grau de preparação muito mais elevado do ponto de vista da solidez das finanças públicas e dos setores financeiros", analisou Nicolás Eyzaguirre, diretor do FMI para a região.


Entrada da Venezuela no Mercosul está nas mãos do Senado

A entrada da Venezuela no Mercosul é uma questão que ainda divide especialistas, políticos e empresários. No início de maio, governo e oposição debateram, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, os benefícios que a possível entrada do País vizinho poderia gerar no bloco comercial. Atualmente, integram o bloco Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Nesse encontro, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu a aprovação do Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul e apresentou dados sobre a balança comercial entre o Brasil e a Venezuela, para demonstrar como a entrada do País vizinho no bloco pode ser vantajosa. Segundo ele, a Venezuela é o país com o qual nós temos maior superávit nas relações comerciais individuais - US$ 4,5 bilhões no ano passado.

Enquanto Celso Amorim se empenhava em defender a Venezuela, os parlamentares de oposição tentavam convencer os senadores de que o perfil polêmico do presidente Hugo Chávez poderia enfraquecer o bloco. Além disso, as decisões do Mercosul são tomadas por unanimidade de seus membros. A oposição argumenta que Chávez poderia vetar possíveis acordos com potências econômicas, como a União Europeia e os Estados Unidos.

Para que a adesão seja aceita pelo Congresso Nacional, ainda é necessária a aprovação do protocolo na Comissão de Relações Exteriores e no Plenário do Senado. A Câmara já aprovou o protocolo de adesão, que foi assinado em julho de 2006 e já foi ratificado pelos Parlamentos de Argentina, Uruguai e Venezuela. Além do Brasil, falta a confirmação do Paraguai.


Uns veem oportunidades de negócios...

Os defensores da entrada da Venezuela no Mercosul argumentam que o país é um grande mercado para os fornecedores brasileiros, espaço que corre o risco de ser ocupado por concorrentes de outros países. Além disso, grandes empresas brasileiras atuam ou têm projetos de investir na Venezuela. A expectativa do setor privado é que a incorporação de um novo integrante ao Mercosul crie novas oportunidades comerciais.

Para o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), a aceitação do país vizinho é estratégica para o fortalecimento do Mercosul e também é a melhor resposta para o enfrentamento da crise mundial.

"Eu não acho que estamos ou que possamos discutir o processo de adesão da Venezuela ao Mercosul a partir de avaliação do governo venezuelano. Queremos discutir o que significa economicamente a entrada da Venezuela no bloco econômico", frisou.

Mercadante acredita que, além de ampliar o protagonismo do bloco nesta conjuntura de grave recessão mundial, a entrada da Venezuela no bloco aumentará as exportações brasileiras, gerando emprego e renda no País. Desde a criação do Mercosul, as exportações intrabloco multiplicaram- se por 8,5, passando de US$ 4 bilhões, em 1991, para cerca de US$ 33,5 bilhões, em 2007.

Já as exportações do Mercosul para o mundo quintuplicaram no mesmo período. Aumentaram de US$ 46 bilhões para US$ 222 bilhões. Em relação a investimentos, estudo recente da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) mostra que o bloco recebeu cerca de US$ 300 bilhões de investimentos estrangeiros diretos, entre 1991 e 2004, o que o torna um dos grandes destinos dos capitais produtivos entre os países emergentes.


...enquanto outros, um grande risco

A proposta também tem fortes opositores no Senado, que acham que a aceitação da Venezuela no Mercosul representa muitos riscos para o bloco. "Não sou contra a entrada do País, de forma alguma, mas acho que enquanto Hugo Chávez estiver na presidência, precisaremos ter cautela", afirma a senadora Marisa Serrano (PSDBMS), integrante do Parlamento do Mercosul (Parlasul). Na opinião dela, a presença do país no bloco pode trazer desagregação em vez de contribuição para ampliá-lo. "É uma questão política, jurídica e econômica", argumenta a senadora.

O principal problema, segundo Serrano, é que as decisões no Mercosul são tomadas por unanimidade. Se estiver no bloco, o presidente Hugo Chávez pode impedir a celebração de acordos comerciais com outros países ou blocos com os quais tenha divergência. "A Venezuela encerrou unilateralmente contratos firmados com entidades sérias dos EUA, França e Itália. É um país que não respeita acordos internacionais e pode trazer problemas ao Mercosul", diz.

O Mercosul "é uma realidade irreversível" e deve ser um instrumento para melhorar o bem-estar através de um maior ritmo de crescimento econômico e de uma melhor inserção da região na economia mundial.

 
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