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Perfil - Rodrigo Melo Franco de Andrade

2010 . Ano 7 . Edição 62 - 23/07/2010 - Edição Especial

Rodrigo Melo Franco de Andrade

Fundador do Iphan reuniu intelectuais de diferentes correntes para inciar o projeto de proteção do Patrimônio nacional em plena ditadura de Getúlio Vargas


No período em que o primeiro governo Vargas se fecha, instaurando o Estado Novo (1937-1945), contraditoriamente é criado um dos mais importantes marcos da cultura brasileira: o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), que congregou, em sua fase inicial, intelectuais de pensamento de várias tendências, inclusive de esquerda, liderados por seu fundador - Rodrigo Melo Franco de Andrade.

Aquele que organizou e, durante 30 anos, foi diretor do atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 17 de agosto de 1898. Filho mais velho de Rodrigo Bretas de Andrade e Dália Melo Franco de Andrade, Rodrigo herdou de seus pais o gosto pelas letras e artes.

Seus primeiros estudos foram feitos em casa e no Ginásio Mineiro, de Belo Horizonte. Em Paris, no Lycée de Sailly, fez o curso secundário. De volta ao Brasil, dedicou-se ao curso de Direito, iniciado na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro.

Em 1921, iniciou sua atividade jornalística, colaborando no jornal O Dia. O movimento modernista de 1922 passou a ter mais um porta-voz quando Rodrigo aproximou-se de Mário de Andrade e quando, em 1926, tornou-se redator-chefe da Revista do Brasil, de Assis Chateaubriand, aliando-se à luta travada pelos artistas revolucionários de então.

Em 1936, por indicação de Mário de Andrade e de Manuel Bandeira, foi convidado pelo ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, para organizar e dirigir o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A proteção dos bens patrimoniais do país passou a ser sua atividade principal, deixando em segundo plano a literatura, o jornalismo, a política e a advocacia.

Nos primeiros anos do Sphan, Rodrigo contou com a colaboração de brasileiros ilustres, como Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Leão, Luís Jardim, José de Sousa Reis, Lúcio Costa, Edgar Jacinto da Silva, Renato Soeiro, Aírton Carvalho, Afonso Arinos de Melo Franco, Carlos Drummond de Andrade, Joaquim Cardoso, Gilberto Freire, Alcides da Rocha Miranda, Vinícius de Moraes, Celso Cunha, Arthur César Ferreira Reis e Sérgio Buarque de Holanda.

Foram realizados inventários, estudos e pesquisas, além de obras de conservação, consolidação e restauração de monumentos; organizou-se um arquivo de documentos e dados colhidos em arquivos públicos e particulares; reuniu-se valioso acervo fotográfico e estruturou-se uma biblioteca especializada; pinturas antigas, esculturas e documentos foram recuperados e inúmeros bens protegidos, com a criação de museus regionais e nacionais.

O período em que Rodrigo esteve à frente da instituição de proteção ao patrimônio nacional, que vai de 1937 a 1967, ficou conhecido como "fase heróica", refletindo a realidade do trabalho realizado.

Rodrigo faleceu em 1969. Em 1987 o Ministério da Cultura cria o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, que procura estimular e valorizar todos aqueles que compartilham com os ideais do fundador do Iphan.

 
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