2005. Ano 2 . Edição 15 - 1/10/2005

Carta ao leitor

Maysa Provedello, Editora-Chefe

A previdência pública é o maior programa de inclusão social do país. Concede benefícios a 23 milhões de brasileiros, sendo que 19,7 milhões são aposentados e pensionistas.Tem um poder inegável de alterar a mancha de pobreza nacional.Por outro lado, impacta diretamente nas contas públicas.No ano passado, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) sofreu um déficit de 32,7 bilhões de reais, 14,3% superior ao ano anterior, e que vem crescendo sucessivamente desde meados da década de 90.Resolver essa questão implica a implantação de medidas impopulares por parte do governo, como aumentar a idade mínima de aposentadoria.Optar por esse tipo de ação pode significar deixar de encarar a previdência como instrumento de inclusão, de acordo com alguns especialistas.Mas pode também,por outro lado, significar amadurecimento fiscal e, segundo os defensores da idéia, a criação de programas específicos para o atendimento dessa parte da população. Desafios preparou uma reportagem especial sobre o tema para colaborar com o debate atual.

No começo do governo Lula, foi anunciada a meta de 100 bilhões de dólares para as exportações brasileiras, a ser alcançada até o final de 2005. O alvo já foi atingido e ultrapassado: em agosto,o total de vendas externas estava na casa dos 111 bilhões de dólares e até dezembro poderá chegar a 114 bilhões.Quais as razões para essa superação? Essa foi a pergunta que fizemos a vários economistas e representantes do governo e do setor privado e as respostas podem ser conferidas na matéria Sem Perder o Fôlego.

Também preparamos duas reportagens sobre o setor de tecnologia. A primeira trata dos obstáculos enfrentados pelo segmento para conseguir se colocar no mercado mundial de programas de informática. A segunda mostra o exemplo da Fundação Certi,de Florianópolis, que funciona como uma das mais bem-sucedidas incubadoras de empresas de tecnologia e informação.

Por fim,o cardápio desta edição conta ainda com uma entrevista com Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro que pesquisa nos Estados Unidos formas de devolver os movimentos às pessoas com problemas sérios de mobilidade e, também, a última reportagem da série sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).Uma ótima leitura para todos!

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