Carta ao leitor |
2006. Ano 3 . Edição 18 - 1/01/2006 Carta ao leitor Ofuscados e decepcionados pelos problemas nacionais que freqüentam as manchetes dos jornais, nós, os brasileiros, chegamos a nos convencer,muitas vezes, de que vivemos em um país pobre e sem solução. Não é verdade.Vivemos, sim, em um país repleto de contradições e injustiças,mas que não é e nunca foi pobre.Muito menos sem solução. A reportagem de capa desta edição faz um alerta sobre a urgência de criarmos condições para explorar uma das nossas imensas riquezas: a biodiversidade.A variedade de espécies que habitam nosso território é inigualável e promete muita prosperidade caso tenhamos competência para explorá-la sem destruí-la. E também caso saibamos dividir os benefícios de forma a melhorar as condições de vida dos que estão na base da pirâmide social. Esse processo, aliás, já começou a ocorrer, como mostraram os números da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Pela primeira vez, a distância entre ricos e pobres diminuiu.As boas notícias trazidas pela Pnad são analisadas e discutidas na reportagem “Saldo positivo”. Esta edição apresenta também outro motivo de orgulho nacional.A reportagem “Excelência da semente ao prato” fala sobre o sucesso do trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que conseguiu, entre outros méritos, adaptar a soja a diversos solos nacionais, transformando o grão numa das maiores fontes de divisas para o Brasil.As condições do agronegócio só não são melhores por causa dos conhecidos problemas de infra-estrutura. A reportagem “Preço salgado para rodar macio” apresenta um estudo de técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrando que os pedágios nas rodovias privatizadas brasileiras poderiam ser mais baratos, o que reduziria o preço das mercadorias.Ainda tratando de infra-estrutura, há a matéria “O problema é conseguir gastar”, que discute as dificuldades que os ministérios enfrentam na hora de investir a verba que lhes é destinada.Os obstáculos legais acabam deixando no Tesouro Nacional recursos que poderiam ter sido aplicados em obras de transporte, saneamento, energia etc. A reportagem aponta alternativas para simplificar o processo de gestão do gasto público, esperando que consigamos terminar 2006 com um país mais eficiente do que temos agora. Boa leitura!
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