2006. Ano 3 . Edição 23 - 6/6/2006
Carta ao leitor
A segunda metade do mês de maio foi marcada por turbulências no mercado brasileiro, que refletiu os movimentos ocorridos no plano mundial. Como sempre, muita gente perdeu dinheiro (e muitos ganharam). E mais uma vez, o fantasma de uma crise internacional assombrou nossa economia lembrando o quanto é importante desenvolver bases sólidas que possam resistir às ameaças. Esta edição de Desafios traz uma reportagem que discute propostas de técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para que o Brasil diminua sua vulnerabilidade externa, por meio da consolidação do regime de metas e da redução da inflação, em poucos anos, aos níveis dos países ricos. Isso também ajudaria a atrair e manter os investimentos estrangeiros. Outra medida importante para garantir a sustentabilidade do crescimento econômico brasileiro é o controle dos gastos públicos. A segunda reportagem da série sobre o amadurecimento da democracia trata exatamente da transparência nas contas governamentais. Como é possível ao cidadão conhecer os destinos que são dados aos impostos que ele paga? A matéria "O mapa do tesouro"mostra passo a passo como são controladas as portas dos cofres dos governos. Portas essas precisam se abrir para estimular alguns setores considerados estratégicos pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Neste número, Desafios inicia uma série de reportagens sobre os dois anos de vigência dessa política, analisando o desempenho na produção e exportação de software. Vale a pena conferir o que foi feito e o que está por vir. E, por falar em informática, a matéria de capa deste mês mostra que os indígenas brasileiros não querem apenas terra, pesca e artenasato, eles querem acesso à tecnologia, à Internet e à informação. E, pouco a pouco, conseguem algumas vitórias nessa luta histórica. Por fim, gostaria de pedir especial atenção ao entrevistado desta edição. Durante mais de três anos ele comandou o Ipea e foi dele a iniciativa de criar a revista Desafios, que no mês que vem completará dois anos. Agora, Glauco Arbix está voltando para a carreira acadêmica na Universidade de São Paulo, e pretende criar um instituto de inovação para o desenvolvimento. Na entrevista, ele conta o que aprendeu no tempo em que viveu em Brasília e explica um pouco a forma como enxerga o Brasil. Ao Glauco, a equipe de Desafiosdeixa os mais profundos agradecimentos e votos de muita boa sorte.
Andréa Wolffenbüttel, Editora-Chefe
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