Cartas |
2006. Ano 3 . Edição 29 - 11/12/2006 Cartas correspondência para a redação deve ser enviada para
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. br ou para SBS Quadra 01 - Edifício BNDES - Sala 801 - CEP: 70076-900 - Brasília DF Sou professor aposentado da Universidade Federal de Juiz de Fora e, de modo geral, acho que esta revista merece parabéns, mas, mesmo não sendo economista, sou obrigado a criticar os artigos sobre a Previdência. Como no resto da imprensa, eles admitem sem comentários que as finanças do INSS sejam administradas no regime de caixa, e não no de competência, e não lembram que, no projeto original, os benefícios viriam da renda das aplicações de longo prazo das contribuições do empregado, do empregador e do governo. Vá lá que não se critique as estranhas aplicações feitas desde os anos 1930, nem que a nossa "magnífica"assistência médica gratuita tenha sido criada sem outras fontes de recursos, nem que o governo jamais tenha pago a sua parte das contribuições e que muitos empregadores também não. Mas pelo menos que isso seja lembrado para explicar que, sem haver fundos rendendo para pagar as aposentadorias, o governo tenha passado a pagá-las diretamente do caixa. O que não pode é Desafios aceitar passivamente a "solução"de atribuir o problema ao aumento da esperança de vida dos segurados. Hélio Novak Caro professor, agradecemos seu comentário, mas gostaríamos de lembrá-lo que os artigos assinados por especialistas refletem apenas a opinião de seus autores. Na mais extensa reportagem sobre previdência social publicada por Desafios, na edição de outubro de 2005, foi amplamente debatida a questão do financiamento da Previdência. E foram contempladas as diversas correntes. Tanto a que defende a Previdência como um sistema fechado como a que vê a previdência como uma ferramenta de redistribuição de renda, sendo, portanto, um recurso para financiar outras necessidades além do pagamento de pensões e aposentadorias aos contribuintes. Sinto falta de matérias e artigos voltados para a terceira idade: direitos, inclusão social ou reinclusão social e outras temáticas dentro dessa classe. Acredito ser esse um dos desafios muito importantes que temos pela frente. Não podemos olhar o hoje e o amanhã quando o ontem e quem faz parte dele fica esquecido, pois deles vieram as contribuições para sermos o que somos hoje. Adriana Miranda Prezada Adriana, você tem razão. O tema merece mesmo uma boa reportagem. Vamos providenciá- la. Aguarde. Gostaria de parabenizá-los pela excelente publicação. Sou economista e, além de lê-la toda, ainda a uso para pesquisas e repasso aos meus colegas de trabalho. Sidney Tófoli Na seção Giro, da edição de novembro, na página 7, há uma nota sobre salários que é um desacato. Primeiro porque utiliza dados atrasados - há dados sobre salários disponíveis para 2005 desde setembro último - seja considerando os empregados com carteira assinada da RAIS, seja as informações amostrais da PIA e PIM. Depois porque toma as médias salariais como se elas fossem um indicativo do que se passa no bolso do ocupado individual. E por fim porque sugere que o comportamento de 2000 a 2004 é homogêneo e que não houve a retomada do crescimento das médias a partir de 2003 e o que ocorreu nos dois anos subseqüentes, inclusive no que diz respeito às médias por tamanho de empresa. Paula Montagner ERRAMOS O leitor Paulo Ferrucio nos escreveu informando que a nota "Caixinha, obrigado", veiculada na seção Giro, na página 6 da edição de novembro de 2006, está errada. O Brasil foi classificado em 23º lugar no ranking dos países cujos exportadores são mais propensos a pagar propina, e não a receber, como diz o texto publicado. O leitor ainda traz uma série de informações adicionais interessantes. "Para melhor entender esse resultado é importante esclarecer que a Índia, o 30º país do ranking, é considerado o que mais paga propina. E a Suíça, o número 1, é o que menos paga propina. Também é importante acrescentar que na pesquisa de 2006 da Transparência Internacional, divulgada em Berlim no dia 6 de novembro de 2006, o Brasil aparece como 70. º colocado (com índice 3, 3) entre os 163 países pesquisados onde mais se recebe propina, ao lado de China, Índia, México e Peru. E entre os países onde menos se recebe propina estão empatados (com índice 9, 6) Finlândia, Islândia e Nova Zelândia. Resumindo: o Brasil aparece na 23ª posição entre os trinta maiores corruptores e na 70ª posição entre os 160 mais corruptos. O relatório também destaca que a corrupção no mundo movimenta 1 trilhão de dólares por ano, ou cerca de 3 bilhões de dólares por dia. E que há uma correlação entre corrupção e pobreza. Por exemplo, o Haiti aparece na 163. ª posição, com o índice 1, 8. |