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Cartas

2007 . Ano 4 . Edição 36 - 10/10/2007

Gostei muito da matéria "Os Custos da Violência", na edição de Desafios de setembro. Saber que desperdiçamos R$ 92 bilhões anuais - mais de 5% do PIB - com as conseqüências da violência urbana é estarrecedor. Mais de R$ 60 bilhões foram gastos pelos brasileiros com segurança. Ou seja, além dos tributos altíssimos, somos levados a pagar pela educação, pela saúde e mais recentemente na contratação de seguranças, além dos gastos com condomínios fechados.

A nossa taxa de 27 homicídios por grupo de 100 mil habitantes não deve ficar longe dos países em guerra. Quando lemos que há mais de 100 mil mandados de prisão que não podem ser cumpridos por falta de vagas nas cadeias,entendemos o que é a sensação de impunidade dos homicidas. Mais ainda, entendemos menos ainda a nossa sensação de que não podemos mais ir e vir com tranqüilidade.

Não deve ser difícil resolver esse problema. Afinal, a nossa violência não tem causas étnicas. Acreditamos que, se atacados os problemas sociais do país, os índices de violência serão cortados. Nova York e Bogotá são exemplos de que o problema pode ser resolvido.

Mas há outros tipos de violência, como o trânsito brasileiro, onde a impunidade também é a regra. A diferença de 7,6 anos entre os sexos também se explica por fatores biológicos e ambientais. Um dos principais é a maior freqüência de mortes por causas externas (violência e acidentes) entre os homens, na faixa dos 15 aos 35 anos. Segundo li na imprensa, em 1980, as mulheres viviam 6,1 anos a mais que os homens. Em 1991, a diferença aumentou para 7,7 anos e, em 2000, continuou no mesmo patamar. Em 2002, caiu ligeiramente, para 7,6 anos.

Obrigado.

Ricardo de Freitas
Brasília/DF


Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), recentemente divulgados, tomamos conhecimento do aumento do número de idosos no Brasil, nos últimos anos.

Mas as matérias dos jornais deixaram de lado as conseqüências de médio e longo prazos de uma mudança tão drástica na sociedade brasileira. Não se fala, por exemplo,que há apenas 50 anos os avós começavam a trabalhar pelo menos uma década antes dos netos, que, para conseguirem vaga no mercado de trabalho têm de cursar mestrados,doutorados ou MBAs.

Acontece que os avanços da medicina permitiram um crescimento significativo do número de idosos. Não sei por que razão, ainda convivemos com uma prática cultural, nascida na revolução industrial, que dispensa trabalhadores, preparados ou não, na faixa dos 40 a 50 anos. Começa-se a trabalhar uma década mais tarde do que nas gerações anteriores e as empresas mantêm a mesma prática de dispensa dos seus quadros na faixa dos 50 anos. Os 20 anos ou 30 anos a mais que ganhamos da ciência servem apenas para aumentar os dispêndios da Previdência Social?

Uma pesquisa publicada pela imprensa mostra que a população brasileira tem envelhecido. O segmento de 75 anos ou mais, por exemplo, representou 26,1% da população de idosos brasileiros em 2006. Dez anos antes, correspondia a 23,5%. De 80 anos ou mais, que correspondia a 11,5% dos idosos em 1996, passou a 13,2%, em 2006. Essa população está crescendo em todos os países. No Japão, a expectativa de vida está em quase 80 anos.

Os "novos idosos" - entre 60 e 64 anos - cresceram a um ritmo menor entre 1996 e 2006. Eles eram 32,3% da população idosa e passaram a 30,5%. E 45% dos idosos vivem em apenas três Estados: São Paulo (4,4 milhões), Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 2,1 milhões cada. No Rio, a proporção de idosos supera 14%.

A síntese mostra ainda que em razão da violência e das condições de vida mais precárias a proporção de idosos negros e pardos é inferior à de idosos brancos. Enquanto os brancos correspondiam a 57,2%, os negros e pardos, a 41,6%. Isso, claro, devido às piores condições de vida dos negros.

Queria ver esse tema mais bem explorado nas páginas desta revista, que aprofunda os temas, assim como uma outra matéria mais elaborada sobre a taxa de analfabetismo no Brasil, que esbarra nos 11% da população e ainda por cima nos faz passar vexames nos testes de matemática e ciências aplicados em diversos países. Li que o Brasil, em matéria de educação, perde até para o Haiti, Nicarágua, Guatemala, Honduras e outros países bem menos ricos.

Parece que estamos em uma encruzilhada: ou mantemos uma escola de bom nível para poucos privilegiados da elite ou democratizamos e pioramos nosso ensino. Não daria para democratizar as escolas e manter o bom nível do ensino? São coisas excludentes? Acho que a revista poderia explorar esses temas sociais. São desafios.

Obrigada pela atenção.

Rosália Figueiredo
Rio de Janeiro/RJ

 
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