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Cartas

2008 . Ano 5 . Edição 39 - 25/01/2008

 

Achei excelente a reportagem de capa da última edição (nº 38) da revista Desafios, sobre a nova TV Pública. Tenho grande admiração pelo ministro Franklin Martins e confio que ele, de fato, fará a nova rede de emissoras prestar um grande serviço à cidadania.


Pedro Correia
Atibaia/SP

No artigo da edição nº 36 da revista Desafios do Desenvolvimento intitulado "A Sustentabilidade das Pessoas Simples", as artesãs de Alto Alegre, cujas histórias foram transformadas pelo comércio solidário,me fizeram lembrar das muitas famílias no sertão paraibano que também estão podendo planejar e produzir seu futuro, "afastado o imperativo diário de pensar unicamente na sobrevivência". Através de tecnologia social premiada recentemente, estas famílias têm acesso à água tratada, que não só lhes permite sobreviver, mas também produzir e virar protagonistas de suas histórias, finalmente.

O Centro de Educação Popular e Formação Sindical (CEPFS), cuja liderança foi reconhecida com o Prêmio Von Martius de Sustentabilidade, torna este trabalho possível por meio de sua genialidade na criação e implementação de sistemas familiares de captação, armazenamento e tratamento de água da chuva, a baixo custo, para consumo humano e irrigação no sertão da Paraíba.

O Prêmio Von Martius de Sustentabilidade, apresentado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, reconhece o mérito de iniciativas que promovem o desenvolvimento econômico, social e cultural com respeito socioambiental. O CEPFS dividiu o Prêmio na área Humanidade com o Instituto O Boticário e Globo Ecologia.

Gostaria de propor, neste momento tão pontual, uma matéria ou entrevista que conte o trabalho do CEPFS na criação e disseminação de tecnologias sociais que permitem a agricultores e agricultoras do sertão paraibano captar água da chuva e resgatar a cidadania.

A proposta começou em 1994, a fim de desenvolver, juntamente com agricultores do semi-árido, várias tecnologias sociais adaptadas à sua realidade. Hoje, já beneficiou mais de 900 famílias, que antes não tinham acesso à água tratada em suas próprias casas, através da construção de cisternas e capacitação para o manejo adequado da água e gestão financeira. O impacto deste trabalho inclui maior produtividade, redução e prevenção de doenças.

É importante destacar que a inovação principal está na forma de trabalhar. Para o CEPFS, a tecnologia não é um fim, mas um meio. Seu uso permite um despertar das famílias como proprietárias, como consumidoras e também como gestoras do meio ambiente, que necessita ser trabalhado e utilizado sob uma perspectiva sustentável.

O CEPFS também capacita e empodera os agricultores e agricultoras familiares da região para gerenciarem seus recursos através da metodologia de Fundos Rotativos Solidários. Nesse processo as famílias recebem apoio para o desenvolvimento de tecnologias de convivência com a realidade semi-árida, de acordo com a necessidade e adequação de suas propriedades e se comprometem a devolver esse apoio para um Fundo Rotativo Solidário objetivando o desenvolvimento comunitário.O Fundo Rotativo Solidário é uma poupança comunitária, formada a partir de apoios externos ou da contribuição das famílias que desejam se organizar na comunidade.

O CEPFS tem sido reconhecido por entidades nacionais e internacionais pela sua capacidade de desenvolver tecnologias inovadoras, a partir do contexto e conhecimento da realidade local, e usá-las como ferramenta para o empoderamento e a autogestão dos agricultores com quem trabalha. Em 2006, a Brazil Foundation, organização que gera recursos nos Estados Unidos para investir em ações da sociedade civil no Brasil, financiou este trabalho e continua a apoiá-lo até hoje.


Alice do Valle,
Comunicação Brazil Foundation/CEPFS
Rio de Janeiro/RJ

Numa próxima oportunidade, se houver, gostaria de ver publicado na revista Desafios do Desenvolvimento alguma matéria, estudo, argumentação, crítica, a respeito do Imposto sobre Grandes Fortunas, constante de nossa Constituição. Não consigo entender por que o assunto está parado há 20 anos, sem que ninguém toque no assunto, ainda mais agora, quando se ensaia (novamente, e provavelmente mais uma vez nada se fará) uma reforma tributária. Será que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a favor ou contra esse imposto? Por enquanto, só apareceram os que atacam (e conseguiram parar o debate em torno do assunto). Será que ninguém é favorável? Por que funciona em vários outros países?

Antonio do Vale
São Paulo/SP

 
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