Cartas |
2008 . Ano 5 . Edição 41 - 16/03/2008 Parabéns pela reportagem sobre Segurança na última edição da revista Desafios do Desenvolvimento. Com um texto de fácil entendimento e que dá vontade de ler, pude tomar conhecimento de informações que não conseguia captar na leitura de jornais e nos noticiários do rádio e da televisão sobre um assunto que está tão presente no nosso dia-a-dia. Por que será que a mídia procura ignorar as ações beneméritas da Igreja Católica? Os serviços e pastorais organizados pela Igreja são postos de lado como se nunca houvessem existido. Geralmente as notícias são mantidas e levadas a público de forma a desmerecer todo o trabalho pastoral. Ora, há exemplos tão claros e evidentes da preocupação da Igreja Católica com o bem-estar social de todos, basta prestarmos mais atenção e ver as casas no Bairro Azul. Em 1957, um grande incêndio causou muita destruição por toda a favela e foi um padre, e não um político, que arregaçou as mangas e decidiu reconstruir novamente o então Morro Azul. Foi o Padre Paulo Riou. Ele e a irmã Henriqueta Assunção desejavam construir uma creche para abrigar crianças de quatro meses a quatro anos. Atualmente a creche tem 75 alunos, doze professoras, duas psicólogas e uma assistente social. Todos que ali trabalham recebem salários. Há também duas pediatras que fazem trabalho voluntário. Alguns anos atrás, em campanha política, o prefeito César Maia espantou- se ao ver o Bairro Azul, pois com certeza não esperava, ao entrar naquela comunidade, encontrar casas bem construídas, a creche, capela e a visível organização. Ficou admirado e parecia duvidar que tudo aquilo houvesse sido feito por uma igreja. Há muitos anos, a catequese foi implantada no bairro Azul. Uma obra social como esta dispensa qualquer atributo, pois está visível aos olhos mais descrentes. Nas obras sociais da nossa paróquia não existe a vaidade, existem, sim, a solidariedade e a humanidade de uma congregação francesa voltada para o amor ao próximo. "A César o que é de César." Parabéns pela expressiva entrevista do Sr. Delfim Netto, neste momento de falência crítica social e política em nosso país quando o assunto é sincronização política desenvolvimentista. Considero que o entrevistado transcendeu no tempo e chega até nossos novos tempos com uma nova coerência. Poder era o maior e o menor era a população. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva inverteu este estilo de tratar o ser humano brasileiro, permitindo que poder vire mesmo governo e população seja prioridade. Volto a louvar a honestidade do entrevistado. Parabéns à revista, parabéns a nós, os leitores, que não morremos sem ler estas verdades.
As edições da revista Desafios têm sido de enorme valia para minhas aulas de políticas públicas brasileiras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A práxis do ensino profissionalizante em Santa Catarina sugere uma mudança de paradigmas, diante da nova ordem econômica mundial, e uma metodologia a ser aplicada para adequar o ensino profissionalizante aos padrões de uma sociedade globalizada. As empresas menores constituem a maioria no cenário produtivo, são as que mais empregam, que mais se relacionam com os valores humanos e com as riquezas do nosso país, e precisam que os egressos das escolas de ensino profissionalizante sejam eficientes no cumprimento das suas tarefas, que o senso de proatividade esteja presente. |