2009 . Ano 6 . Edição 49 - 06/04/2009
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) promoveu, em Brasília, seminário internacional para debater a crise econômica mundial e seus reflexos na vida das nações. Um dos temas de grande destaque dos debates foi a questão do protecionismo. Os países mais ricos, Estados Unidos à frente, deixaram de lado o discurso liberal, que seria responsável pela situação que o mundo vive hoje, e passaram a adotar barreiras para impedir a entrada, em seu território, de uma série de produtos importados.
Não é preciso ser especialista para saber que a brusca implantação de uma nova ordem econômica global, na contramão de tudo o que se professou ao longo das últimas décadas, é uma manobra de alto risco. Os líderes políticos mundiais sabem disso. O Brasil, desde que o assunto começou a ser discutido, se posicionou contra a abrupta mudança de regras. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou clara esta posição na primeira reunião que teve com o presidente Barack Obama, em Washington, no mês passado. Ele saiu da Casa Branca com palavras de incentivo do anfitrião, como manda a boa diplomacia, mas nada mais.
A presente edição, também dentro dos esforços brasileiros anticrise, enfoca a reabertura das negociações entre os países da América do Sul, para reforçar o comércio regional. Com uma novidade: as transações comerciais seriam feitas com as moedas de cada nação, dispensando-se o uso do dólar, o que reduziria custos. Brasil e Argentina já há algum tempo seguem este modelo, que vem produzindo bons resultados. Há quem defenda, inclusive, que tal prática seja ampliada para parceiros de outros continentes.
Jorge Abrahão de Castro, diretor-geral da revista Desafios do Desenvolvimento
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