Carta ao leitor |
2011 . Ano 8 . Edição 66 - 27/07/2011 Esta edição de Desenvolvimento tem como matéria de capa a mudança do perfil da pauta de exportações brasileiras. Baseada em pesquisa do Ipea e ouvindo a opinião de acadêmicos e lideranças sindicais e empresariais, a jornalista Maria Inês Nassif mostra que “Entre 2007 e 2010, a participação das commodities primárias na pauta de exportações brasileiras saltou dez pontos percentuais, de 41% para 51%”. Os dados são de estudo dos pesquisadores Fernanda De Negri e Gustavo Varela Alvarenga, publicado no número 13 do boletim Radar, do Instituto. O comércio exterior liga-se a outro tema que tem ocupado o debate econômico. Trata-se da inflação. A ameaça de descontrole é real ou tratase de fenômeno localizado com causas mais externas do que internas? André Barrocal busca situar a questão nas orientações de governo e nas diversas visões sobre o tema. E Paulo Kliass dá conta da multiplicidade de indicadores utilizados para medir a variação de preços. Um dos vilões para o consumidor brasileiro tem sido o preço dos alimentos, objeto constante de remarcações em feiras e supermercados. A repórter Verena Glass esteve no Pará, no Paraná, em Brasília e em São Paulo para verificar a produtividade do setor que mais oferta produtos para a mesa do brasileiro, a agricultura familiar. Ao confrontar dados e experiências de agricultores, Verena oferece um painel sobre as principais características do setor. O repórter Mercel Gomes, por sua vez, mergulhou na pesquisa Situação atual das trabalhadoras domésticas no país, realizado pelo Ipea e foi atrás do depoimento de trabalhadoras e especialistas. Seu objetivo é explicar porque a oferta de mão de obra da modalidade vem caindo justamente quando o país retoma o caminho do desenvolvimento. A entrevista desta edição é com a arquiteta e urbanista Ermínia Maricato. Professora da USP e Secretária Executiva do Ministério das Cidades, entre 2002 e 2005, Ermínia é reconhecida internacionalmente como uma das maiores especialistas em problemas urbanos. Ela traça um quadro preocupante em suas análises: “Sem mexer na questão fundiária, não há como fazer reforma urbana em nosso país”. A edição se completa com um relato da missão do Ipea na Venezuela, por seu responsável, o economista Pedro Barros, com um perfil do intelectual sergipano Manuel Bomfim (1868-1932) e em oito artigos de especialistas em temas vinculados às matérias Daniel Castro, diretor geral da |