2012 . Ano 9 . Edição 71 - 08/05/2012
América do Sul Brasil e Argentina criarão estatal para hidrelétricas
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Os governos do Brasil e da Argentina criarão uma empresa estatal binacional com a finalidade de administrar as hidrelétricas de Garabi e de Panambi. O anúncio foi feito em fevereiro, após encontro entre o ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, e o ministro argentino do Planejamento, Julio de Vido.
As hidrelétricas serão construídas na fronteira dos dois países e o modelo de administração a ser adotado será semelhante ao da usina Itaipu Binacional, construída pelo governo brasileiro em parceria com o Paraguai entre 1975 e 1982.
De acordo com o ministro brasileiro, a potência das usinas de Garabi e Panambi será de 1.150 megawatts (MW) 1.050 MW, respectivamente. Lobão também afirmou que a parte brasileira da estatal s e r á vincul a d a à Eletrobras, tal como ocorre com Itaipu. ___________________________________________________________________________________
Investimento Cuba abre setor de açúcar a investimento da Odebrecht
O governo cubano anunciou um acordo com o conglomerado brasileiro Odebrecht que prevê investimentos na produção de açúcar na ilha. O contrato entre a empresa e o grupo estatal Azcuba terá duração de 10 anos.
Trata-se do primeiro investimento de um grupo privado estrangeiro no setor, até então exclusivamente estatal. Por meio de sua subsidiária em Cuba, a Companhia de Obras em Infraestrutura (COI), a Odebrecht atuará na ampliação da capacidade de moagem de cana e na revitalização do setor e administrará a produção da usina 5 de Septiembre, na província de Cienfuegos.
A produção de açúcar, que já foi uma das principais atividades da economia cubana, caiu drasticamente depois do Período Especial (1989-94) – de 8 milhões de toneladas a 1,2 milhão de toneladas na última safra. ___________________________________________________________________________________
Bolívia Bolívia fará referendo para construção de estrada
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O Senado boliviano aprovou a realização de uma consul ta popul ar par a tentar retomar o projeto da construção de uma rodovia ligando os departamentos de Beni e Cochabamba. A previsão é de que a estrada, que receberia financiamento de US$ 332 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), tenha 306 quilômetros. A empresa já trabalhava desde junho de 2011 na construção dos trechos 1 e 3, mas o projeto foi interrompido após uma série de protestos feitos por oposicionistas e por setores indígenas. Eles alegam que haverá danos ambientais ao Tipnis (Território Indígena e Parque Nacional Isiboro), reserva de um milhão de hectares por onde passará a rodovia, onde vivem de cerca de 12 mil indígenas.
O governo espera uma vitória do “sim” à rodovia, argumentando que os moradores do Tipnis dependem da agricultura e do plantio de coca e precisa da estrada para escoar a produção. ___________________________________________________________________________________
Agricultura Seca reduz previsão da safra de soja, milho e trigo na Argentina
A produção de soja na Argentina na safra 2011-2012 deve cair para cerca de 43 milhões de toneladas – reduzindo ainda mais o número de 52 milhões, previsto anteriormente. Na campanha anterior, foram colhidas 48,90 milhões de toneladas. Essa queda de produtividade é atribuída à seca causada pelo fenômeno climático La Niña.
A estimativa é do Ministério da Agricultura argentino, feita no relatório de fevereiro, o primeiro oficial da nova safra. Segundo o governo, os agricultores cultivaram a soja em 18,8 milhões de hectares, o que significa uma redução de 100 mil hectares em relação ao plantio da temporada anterior.
A produção de milho também deve oscilar entre a previsão inicial, de 22,9 milhões, e a atual, de 20,5 milhões, apesar de haver um aumento de 9,6% na área plantada, estimada em cinco milhões de hectares. De acordo com o ministério, apenas 35% das lavouras estão em boas ou ótimas condições, sendo que 39% apresentam condições apenas regulares e 26% estão em mau estado.
As autoridades argentinas esperam ainda uma produção de trigo da ordem de 13,41 milhões de toneladas, queda de 15,1% em relação às 15,80 milhões de toneladas da safra 2010-2011. ___________________________________________________________________________________
América Latina Chineses já emprestaram mais de US$ 75 bi à América Latina, diz relatório
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Os bancos estatais da China já emprestaram mais de US$ 75 bilhões a países latino-americanos desde 2005, sendo que, só em 2010, este valor foi de US$ 37 bilhões. Isso representa um volume de empréstimos maior do que aquele fornecido pelo Banco Mundial (BM), pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo americano ExImBank juntos. As informações são do relatório New Banks in Town: Chinese finance in Latin America, divulgado em fevereiro deste ano.
Com isso, a China já ultrapassou os Estados Unidos como maior parceiro comercial de países como Brasil e Chile.
Os principais bancos chineses para financiamento exterior são o China Development Bank e o Export-Import China, e os credores geralmente são ligados a setores de matérias-primas ou são empresas com capital chinês presentes na América Latina.
Embora as taxas de juros dos bancos chineses sejam até mais altas que as do Bird e do BID, por exemplo, seus empréstimos acarretam menos condicionantes aos credores. Além disso, eles representam uma alternativa de crédito a países inadimplentes, como Argentina e Equador, que estão impossibilitados de acessar os mercados de capitais internacionais.
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Minério Maiores reservas de cobre do mundo
O Chile, maior produtor de cobre do mundo, é também o maior possuidor das reservas do planeta, revelou um estudo do Serviço Geológico dos Estados Unidos em sua edição de 2012. De acordo com a entidade, o país andino tem reservas de 190 bilhões de toneladas, 26% mais do que se estimava até então (150 bilhões de toneladas).
O volume da reserva chilena é mais que o dobro da do segundo colocado, o Peru. Se o ritmo atual de extração se mantiver, a atividade está assegurada por, pelo menos, mais oito séculos, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA.
Estima-se que o Chile tenha 28% das reservas mundiais de cobre, produzindo atualmente mais de um terço da demanda mundial, seguido pelo Peru (13%) e pela Austrália (12%). Esse é o terceiro metal mais utilizado do mundo, depois do ferro e do alumínio.
A íntegra do estudo está disponível no site do Serviço Geológico dos EUA: (http://www.usgs.gov/)
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