2013 . Ano 10 . Edição 76 - 25/02/2013

Renda domiciliar cresce mais que PIB

A renda domiciliar per capita dos brasileiros cresceu acima das expectativas de desenvolvimento econômico do país em 2012, segundo o Comunicado 2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável, do Ipea. O estudo revela que o aumento da renda, a diminuição da desigualdade e os indicadores de felicidade foram maiores do que o Produto Interno Bruto (PIB), mostrando que os aspectos sociais brasileiros estão em crescimento pleno.

Enquanto a expectativa de crescimento do PIB brasileiro é de 1,03%, de acordo com pesquisa do Banco Central junto a instituições financeiras, os indicadores sociais analisados pelo Ipea apontam que a renda per capita cresceu a uma média de 4,89% em 2012.

A pesquisa do Instituto segue as recomendações do Relatório Stiglitz-Sen, cujo objetivo é encontrar uma maneira alternativa ao PIB para medir o crescimento de um país. Segundo o relatório, a riqueza deve ser medida pela renda e pelo consumo das famílias, pela distribuição de renda, pelo estoque de riqueza e por medidas subjetivas de bem-estar.

Para tanto, o Ipea empregou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), até 2011, e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), até outubro de 2012. Segundo a média da Pnad, o crescimento da renda per capitabrasileira ficou em 40,69% de 2003 a 2011.

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Gestão do Conhecimento na administração pública

O Ipea lançou o livro Modelo de Gestão do Conhecimento para a Administração Pública Brasileira, de autoria do técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Desenvolvimento Institucional (Dides) do Instituto, Fábio Ferreira Batista. Segundo o pesquisador, o esforço maior foi o de contextualizá-lo para a realidade da administração pública, com objetivo de ajudar os órgãos a implantar um modelo de gestão voltada para o conhecimento.

A publicação é resultado de estudos feitos em 2011, durante o pós-doutorado do pesquisador em Gestão do Conhecimento, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A obra compreende um manual que, segundo o autor, é genérico, concebido de maneira a orientar todas as organizações governamentais – diretas e indiretas, dos níveis federal, estaduais e municipais – para a execução da gestão do conhecimento.

Fábio Batista definiu o livro como uma publicação especificamente voltada para a gestão pública, com foco em resultados e no benefício desta para os cidadãos. O autor acrescentou que estuda o tema desde 2003, tendo, entre os anos de 2004 a 2007, contribuído para outras publicações do Instituto sobre o mesmo assunto.

O livro está disponível na íntegra no endereço www.ipea.gov.br

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12º Boletim Internacional foca crise mundial

Lançado pela Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte) do Ipea, a 12ª edição do Boletim de Economia e Política Internacional é fruto das discussões e apontamentos de pesquisas realizadas pela Dinte no último trimestre de 2012. A publicação dedica-se a compreender os impactos da atual crise na economia e na política mundial, destacando o posicionamento estratégico dos Brics e das principais potências globais.

No artigo “Impactos da Crise Econômica e Financeira na Regulação do Comércio Internacional”, Vera Thorstensen, bolsista do Ipea e pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV), discute os desafios da agenda do multilateralismo frente à crise.

Já o técnico de Planejamento e Pesquisa Edison Benedito da Silva Filho, no texto “Padrão de financiamento e exposição cambial das empresas exportadoras brasileiras a partir da crise de 2008”, apresenta a trajetória da exposição cambial dessas companhias e analisa seus impactos para a vulnerabilidade da economia do país, observando ser necessário um monitoramento governamental efetivo do mercado doméstico de derivativos e do grau de exposição cambial do setor privado.

Os demais textos tratam dos seguintes temas: a situação da Rússia em meio à crise, regionalismo concorrente no leste asiático, acordos de investimento na América do Sul e a transição de poder global na segunda década do séc. XXI.

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Presença brasileira em operações de paz

Com prefácio do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o livro O Brasil e as Operações de Paz em um Mundo Globalizado: entre a tradição e a inovação analisa as operações de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) com foco no engajamento do Brasil e de outros países ao buscar soluções para os conflitos.

A publicação, editada pelo Ipea, traz textos de especialistas em diversas áreas, que debatem as transformações pelas quais essas operações passaram, bem como a tentativa do Brasil de ampliar seus espaços nas esferas de poder mundial.

As pesquisas concentram-se em dois eixos: os aspectos conceituais e empíricos das operações de paz – que orientam o pensamento sobre o papel do Brasil nas missões – e as perspectivas domésticas e experiências internacionais. São analisadas as dinâmicas de três países com extensa presença nas equipes da ONU: Alemanha, Canadá e Índia.

Além de textos dos organizadores Kai Michael Kenkel (PUC-Rio) e Rodrigo Fracalossi de Moraes (Ipea), a publicação traz estudos dos pesquisadores Carlos Chagas Viana Braga, Paula Drumond Rangel Campos, Walter Dorn, Robert Pauk, Oliver Struenkel, Filipe Nasser, Danilo Marcondes de Souza Neto, Luciano da Silva Colares e Eduarda Passarelli Hamann.