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Edição 47 - Seção de Ciência e Inovação

2009 . Ano 6 . Edição 47 - 19/02/2009

Medicina
USP mostra novo modelo de tomógrafo

A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apresentou um aparelho de tomografia que deve reduzir o número de mortes de pacientes cuja respiração é mantida com ajuda de aparelhos. O tomógrafo tem tecnologia única no mundo e foi desenvolvido após dez anos de pesquisa, em um projeto conjunto do Laboratório de Pneumologia Experimental, da Escola Politécnica e do Instituto de Matemática Aplicada, todos da USP.

Segundo comunicado da Faculdade de Medicina, o aparelho ajudará o médico a monitorar, por meio de uma corrente elétrica de baixa intensidade, a condição dos pulmões enquanto o paciente é submetido à respiração artificial. Assim, será possível controlar, de forma adequada, o volume, a pressão e o fluxo do ar injetado nos órgãos, diminuindo os riscos de lesão.

Estatísticas citadas pela faculdade apontam que 40% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) respiram por aparelhos. Desses, 40% morrem devido a complicações causadas por esse tipo de procedimento.

O novo aparelho começou a ser testado em 2006 em pacientes dos Hospital das Clínicas da USP e do Instituto do Coração (Incor). A partir do lançamento, o tomógrafo passará a ser comercializado.

Em 2009, as empresas Timpel e Dixtal serão as responsáveis pela produção do aparelho, que custa entre US$ 6 mil e U$ 8 mil.


Indústria
Haiti utiliza tecnologia brasileira

Cooperativa do Haiti usa minifábrica de processamento de castanha de caju produzida e doada por brasileiros. Instalada em dezembro, a fábrica foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e doada pelo governo federal. De acordo com a estatal, o modelo propicia uma produção de baixo custo e possibilitará a inserção, ao mercado, de pequenos produtores que atualmente apenas fornecem a castanha in natura para as grandes indústrias.

A princípio, a processadora deve beneficiar 700 pessoas de Grande-Rivière-du-Nord, que fica a 300 quilômetros ao norte da capital haitiana, Porto Príncipe. Entretanto, para o pesquisador Fábio Paiva, da Embrapa Agroindústria Tropical, que tem sede em Fortaleza, a ação brasileira pode servir de incentivo para outras ações no mesmo sentido. Ele esteve no Haiti entre os dias 6 e 19 de dezembro acompanhando a instalação dos equipamentos.

"Naquela região existem várias ONGs [organizações não-governamentais] com recursos, que podem adquirir novas minifábricas. Vemos esse projeto como uma unidade demonstrativa, para incentivar a produção. Esperamos que a iniciativa privada e o governo também se motivem", disse.


Energia
Um motor movido a lixo e dejetos

Um motor que utiliza até lixo e sobras da agricultura como combustível para funcionar. Esta foi uma das novidades apresentadas por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Exposição Tecnológica Mundial (Expowec 2008), realizada em Brasília.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Luiz Guilherme Wadt, o equipamento pode ser uma boa ferramenta para conciliar a produção de energia elétrica à preservação do meio ambiente. "É um motor de combustão externa, ou seja, a fonte de energia que faz ele trabalhar fica do lado de fora. Com isso, pode-se usar qualquer tipo de combustível, como o biodiesel, etanol, resíduos da agricultura, madeira, carvão, combustíveis fósseis como carvão mineral e derivados de petróleo", explicou.

Segundo o pesquisador, restos de animais oriundos da criação de frangos e dejetos da criação de porcos também podem ser utilizados como fonte de combustível do motor. O funcionamento consiste em equilibrar ondas de calor e frio que fazem os pistões funcionarem de forma constante.

"Imagine uma casa no campo em que um agricultor de baixa renda more lá e não tenha energia elétrica. Ele poderia ter um pequeno motor desse colocado no fogão de lenha. Enquanto a dona-de-casa faz a comida, o motor geraria energia suficiente para carregar a bateria que, mais tarde, propiciaria iluminação na casa", exemplificou Wadt. Ressaltou que o motor serve apenas para uso estático, não não podendo ser utilizado em automóveis e caminhões.


Financiamento
Finep apóia empresas com novas idéias

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MC&T), colocou em operação o Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), com o objetivo de apoiar empresas nascentes que se destaquem pelo caráter inovador. O Prime prevê investir, até dezembro, R$ 249 milhões em 2.015 empresas com até dois anos de existência.

O presidente da Finep, Luis Fernandes, e o diretor de Inovação da entidade, Eduardo Costa, assinaram convênios com 18 incubadoras-âncora que se encarregarão de fazer a seleção de empreendimentos candidatos a receber os recursos nos diversos Estados. Para participar do programa, as empresas devem desenvolver atividades tecnológicas e disponibilizar produtos que sejam viáveis economicamente. A meta da Finep é apoiar até 2011 um total de 5 mil empresas emergentes.


Prevenção
Camisinha feita com seringueira nativa é licenciada

A fábrica de preservativos masculinos de Xapuri (AC) é a primeira estatal do setor habilitada para entrar nos mercados nacional e internacional de camisinhas, depois de obter a certificação ISO 9001:2000, conferido pela consultoria internacional BSI Management System, além das certificações do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com a certificação, a fábrica, produtora dos preservativos Natex, iniciou a distribuição de 1 milhão de camisinhas, fabricadas a partir do látex da seringueira nativa, aos programas de combate às doenças sexualmente transmissíveis (DST) no Estado. A unidade é a primeira a não usar látex de seringueiras cultivadas e a ter usina de centrifugação anexa à planta industrial.

"O diferencial da nossa produção é que é latex nativo, ou seja, da floresta amazônica, são as reservas e as comunidades extrativistas, com a produção extrativista nativa", ressaltou a gerente- geral da fábrica, Dirlei Bersch. A empresa também passa a entregar sua produção - atualmente de 100 milhões de unidades por ano - ao Programa Nacional de DST/Aids, para distribuição gratuita por intermédio da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), no norte do País.

O convênio de cooperação técnica assinado com o Ministério da Saúde, no valor de R$ 22 milhões que complementam o orçamento mantido também pelo governo estadual, prevê a realização de pesquisa científica para o desenvolvimento de gel lubrificante e retardante, para o tratamento de ejaculação precoce, a partir de produtos da floresta.


Agricultura
Importação de nutrientes vai sofrer redução

Em parceria com empresas do setor privado, a Embrapa Solos está desenvolvendo fertilizantes orgânicos à base de resíduos industriais. Com isso, o Brasil poderá reduzir a importação de nutrientes, que representa atualmente 75% do total de 30 milhões de toneladas consumidas por ano. Segundo o pesquisador José Carlos Polidoro, um dos coordenadores do projeto, atualmente o País importa 75% dos nutrientes que consome na agricultura, seja em resíduos orgânicos ou minerais, o que corresponde a um total de 22 milhões a 24 milhões de toneladas por ano. Quanto ao potássio, o País importa anualmente 92% do volume consumido.

A Roda d'Água, de Minas Gerais, foi a primeira empresa privada que procurou a Embrapa, interessada em criar produtos inéditos no mercado de agricultura orgânica, desenvolvendo fertilizantes próprios para a agricultura tropical, para maior aproveitamento dos nutrientes. Polidoro disse que o objetivo da Embrapa Solos é estimular empresas nacionais que já produzem fertilizantes orgânicos por processos não-tecnológicos, baseados na simples compostagem de resíduos orgânicos, oferecendo apoio tecnológico para que seus produtos tenham garantias técnicas mínimas que substituam o produto importado. Inicialmente, a Embrapa Solos aproveitará resíduos usados pelo grupo Roda d?Água como matéria- prima - resíduos de cervejaria, como bagaço da cevada, fornecido pela Ambev, e do restaurante industrial da Fiat, para transformar em fertilizante orgânico. "O que queremos agora é aprimorar esse fertilizante", acrescentou.


Células-tronco
Os primeiros resultados ainda vão demorar

Ainda não há previsão para os resultados das pesquisas com células- tronco embrionárias, que passaram a ser definitivamente permitidas no Brasil após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), em maio. De acordo com a vereadora paulista Mara Gabrilli, que é tetraplégica e preside o Instituto Mara Gabrilli de fomento a esse tipo de pesquisa, o avanço ao separar a primeira linhagem de células-tronco embrionárias ainda não permite fazer previsões concretas sobre o que será alcançado ou quando. "É muito difícil algum pesquisador fixar uma data", diz Mara.

Ela alega que as pesquisas não vão chegar a tratamentos "como aspirinas, que você toma e sai correndo", mas se garantirem qualidade de vida aos pacientes, já terão atingido o objetivo. "A gente tem que ter na mira qualidade de vida. Uma pessoa que era paraplégica e passa a ter controle do esfíncter, já é qualidade de vida para essa pessoa. Aqueles que respiram com ajuda de aparelhos se passarem a respirar sozinhos, também é um grande avanço na vida deles", explica.

Mara cita também os avanços que podem ser alcançados nas pesquisas com células-tronco em doenças degenerativas. Segundo ela, se o tratamento conseguir reter a doença, já será um ganho. "Nós estamos falando de gente que luta com a morte todos os dias", completa.

O Instituto Mara Gabrilli capta recursos para as pesquisas, promove debates e eventos e leva a discussão para autoridades, como os ministros do Supremo na época do julgamento sobre a liberação das pesquisas com células-tronco embrionárias.

Mesmo assim, a expectativa das pessoas que dependem desse tipo de tratamento é grande. Segundo o o Instituto Brasileiro dos Direitos das Pessoas com Deficiências (IBDD), as pessoas não devem perder a esperança.

 
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