2013 . Ano 10 . Edição 78 - 16/01/2014
Diálogos para o Desenvolvimento do Brasil
Criado em 2008 com a intenção de elencar o desenvolvimento brasileiro como prioridade, o projeto Diálogos para o Desenvolvimento pretendia construir e alavancar, em três anos, entre 2008 e 2010, uma reflexão que auxiliasse tomadas de decisões por parte do Estado. Por esse motivo, a publicação República, Democracia e Desenvolvimento – contribuições ao Estado brasileiro contemporâneo, organizada por José Celso Cardoso Jr. e Gilberto Bercovici, visa a fornecer ao Brasil conhecimento crítico à tomada de posição frente aos desafios da contemporaneidade mundial. Dividida em três seções, a obra explora aspectos centrais e prementes das dimensões republicana, democrática e do desenvolvimento brasileiro no século XXI, além de definir políticas para a atuação do Ipea até 2022.
Um dos objetivos do projeto é ser plataforma de sistematização e reflexão sobre os entraves e também em relação ao desenvolvimento nacional. O Ipea pretende solucionar desafios e formular estratégias de desenvolvimento nacional em diálogo com atores sociais, além de fortalecer sua integração institucional junto ao governo federal.
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Coletânea Analisa o Panorama da Comunicação
O Ipea lançou a terceira edição do Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil 2012/2013, coletânea composta por quatro volumes: Indicadores e Tendências (partes I e II), Flagrantes e Memória. A obra, que reúne textos de vários autores, foi organizada pelo professor José Marques de Melo – ex-diretor da Escola de Comunicação e Artes da USP, primeiro doutor em jornalismo do país e presidente do Conselho Deliberativo da Socicom – e por João Cláudio Garcia, assessor-chefe de Imprensa e Comunicação do Ipea.
O livro mostra a realidade nacional mediante estudos comparativos entre países do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai). E revela a maneira como o brasileiro utiliza os meios de comunicação, em época em que as mídias digitais estão em alta.
O presidente do Ipea e ministrochefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, na introdução da coletânea, observa: “A popularização das novas mídias, acelerada pelo desenvolvimento inclusivo recente, traz oportunidades e desafios para um país que busca aprofundar direitos e deveres inerentes à democracia, combinando liberdade de expressão e iniciativa com ampliação do acesso à produção e ao consumo de informação em todas as suas formas”.
Com esse projeto, o Ipea ganhou o Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação 2012, promovido pela Intercom e Globo Universidade, na categoria Instituição Paradigmática. “Desde a primeira edição, em 2010, até agora, já são 11 volumes e mais de 180 textos. O instituto tem a missão de produzir conhecimento e desenvolver estudos para que as políticas públicas sejam formuladas e aprimoradas, e o Panorama promove a análise e a revisão sobre a comunicação e as telecomunicações no país”, afirma João Cláudio Garcia.
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Investimento Brasileiro em Cooperação Internacional
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O estudo Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional 2010 mostra como o país investiu, de maneira sustentável, em recursos humano e financeiro para enviar ajuda a outros países. Elaborada pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e pelo Ipea, em parceria com diversos órgãos da administração pública federal, a pesquisa faz um apanhado dos principais projetos e iniciativas desenvolvidos pelo Brasil de maneira bilateral ou multilateral com países em desenvolvimento.
O estudo destaca ainda os investimentos em ações internacionais no âmbito da cooperação técnica, educacional e científico-tecnológica à ajuda humanitária, assistência a refugiados, manutenção de forças de paz e contribuições a organismos internacionais. No prefácio da publicação, o ex-ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, explica que a “cooperação internacional não é um fim em si mesma. Por trás dos números e das metodologias aqui apresentados estão nações e vidas humanas em busca de desenvolvimento econômico e social, com reflexos positivos sobre as sociedades e sua inserção na comunidade internacional. É este um compromisso permanente do governo brasileiro: a política externa como vetor de solidariedade”.
De acordo com o estudo, assuntos relacionados a negociações globais levam em consideração compromissos assumidos para o aperfeiçoamento dos processos de cooperação para o desenvolvimento; a transparência de práticas e a disponibilização de dados e registros da cooperação para o livre acesso e consulta pelos cidadãos; o lugar da cooperação Sul-Sul e triangular; e a adoção de mecanismos de parceria no compartilhamento de conhecimentos acumulados pelas instituições nacionais com países que buscam superar restrições para alcançar padrões aceitáveis de desenvolvimento.
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Conferências Nacionais Aproximam Sociedade e Estado
O Ipea divulgou nota técnica que faz uma sistematização dos resultados obtidos durante as conferências públicas. O estudo Experiências de Monitoramento dos Resultados de Conferências Nacionais, realizado pela Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), revela que, mesmo existindo desde 1930, poucas pessoas entendem o que são as conferências nacionais.
Ao perceber essa lacuna, o instituto realizou um estudo que traz novos conhecimentos sobre o funcionamento do Estado e suas instituições políticas para colaborar com o aumento da participação civil nas políticas públicas. O resultado culminou no livro: Conferências Nacionais: atores, dinâmicas participativas e efetividade, organizado por Leonardo Avritzer e Clóvis Henrique L. de Souza.
No prefácio, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, explica que essas conferências são um dos mecanismos participativos mais importantes do Brasil. Isso porque, segundo ele, esse é o espaço onde existe debate, concertação, construção de consensos, estabelecimento de pactos e correção de rumo das políticas públicas.
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