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O papel da logística reversa no aproveitamento dos resíduos sólidos

2014 . Ano 10 . Edição 80 - 23/06/2014

rd80art04img001Nedi Zanella Corbellini

No cenário empresarial moderno a Logística Reversa (LR) é vista como aliada na preservação dos recursos naturais e fonte de matéria prima secundária para fabricação de novos produtos. Agrega valor econômico aos produtos de pós-consumo (embalagens vazias de alimentos e bebidas) e de pós-venda (produtos devolvidos antes do uso por defeito ou por estarem fora de moda). Possibilita ainda às organizações se adequarem às questões legais e socioambientais, alternativas que garantem competitividade e diferenciação no mercado global.

A revolução industrial tecnológica associada à concorrência faz as empresas competirem, fomentando o consumo exagerado. Hoje as pessoas descartam produtos eletrônicos, roupas, calçados, objetos úteis e supérfluos sem critérios. Nesse contexto, o fluxo reverso de materiais é um elo da cadeia que ajuda a enviar os resíduos sólidos descartados para reaproveitamento. É possível transformar, por exemplo, garrafas de vidro, metais e plásticos em substâncias para criar novos produtos, evitando a retirada de mais recursos naturais.

A logística reversa abrange toda a cadeia logística, desde a compra da matéria prima até o destino final dos produtos. Trata-se de atividade prevista nas cláusulas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada pela Lei n° 12.305/2010 e pelo Decreto nº 7.404/2010, as quais determinam obrigações para produtores, importadores, vendedores e consumidores de produtos e bens quando não desejam mais usá-los. No entanto, as ações de separação e disposição dos resíduos sólidos deixam a desejar. A logística reversa ainda não é praticada como deveria em empresas pequenas e de médio porte, incluindo a sociedade. Por isso, é necessário intenso trabalho de educação para que as pessoas saibam o que fazer e como fazer para destinar o lixo corretamente.

“A logística reversa possibilita que alguns materiais sejam 100% reaproveitados em várias aplicações. As organizações com infraestrutura para fazer a reciclagem do lixo demonstram obter importante vantagem econômica e imagem positiva”

Há no Brasil iniciativas esparsas de órgãos governamentais, mas sem resultados concretos. A responsabilidade de tornar a logística reversa uma prática do dia a dia é de todos: das organizações públicas e privadas com ou sem fins lucrativos, do governo e dos cidadãos – a responsabilidade compartilhada.

A logística reversa possibilita que alguns materiais sejam 100% reaproveitados em várias aplicações. As organizações com infraestrutura para fazer a reciclagem do lixo demonstram obter importante vantagem econômica e imagem positiva. Mas essas empresas precisam melhorar suas iniciativas estratégicas a fim de ampliar sua participação no mercado. Existe mercado potencial para esse setor ainda pouco explorado no país. Acredita-se que os fatores que impactam na ampliação desse mercado sejam a falta de conhecimento, investimento e a extensão territorial versus custos de transporte em relação à localização das empresas recicladoras.

Em contrapartida, há exemplos bem-sucedidos de reciclagem que contribuem para o desenvolvimento sustentável da economia. Entretanto, no Brasil, a conscientização quanto à sustentação com o uso de materiais secundários é utopia. As atividades de recolhimento e separação do lixo são praticadas por pequena parcela da população que não vislumbra outras oportunidades, trabalha quase sempre na informalidade. A legislação ambiental possui espectro amplo, mas é pouco respeitada por falta de fiscalização.

Por fim, constata-se que a dispersão geográfica é um dos fatores que limitam a melhoria das ações da logística reversa. Observa-se também que a contínua utilização de recursos naturais para a produção de bens de consumo traz à tona discussões sobre: a obsolescência precoce dos bens, os contínuos lançamentos de produtos, o alto custo dos reparos de bens em relação ao preço praticado na comercialização dos produtos novos. Essas são razões que contribuem para aumentar as quantidades de materiais descartados na natureza sem o tratamento apropriado.

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Nedi Zanella Corbellini é professora da Faculdade de Tecnologia Pedro Rogério Garcia (FATTEP), de Concórdia (SC), e consultora de Empresas em Sistemas de Gestão da Qualidade ISO.

 
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