2015 . Ano 12 . Edição 85 - 20/01/2016

PESQUISAS

Acordo busca a prevenção dos desastres naturais

Salvar vidas e reduzir os riscos de desastres naturais é o objetivo do acordo realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e o grupo de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) por meio do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Desastres Naturais (Pró‑Alertas). Com a utilização de três editais, um deles voltado à Bacia do Rio Doce, os grupos procuram entender os impactos causados pelo desastre ambiental proveniente do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), este ano, e dar subsídios para a recuperação da região. Além disso, o grupo pretende incluir práticas de educação ambiental e sustentabilidade em todas as escolas públicas do Vale do Rio Doce. O segundo edital trata do uso sustentável da água no semiárido e o terceiro trabalha com o reuso de água.

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BIOENERGIA

Goiás no foco da pesquisa e inovação no campo

Pesquisa, desenvolvimento e inovação no campo. Esse é o foco do investimento de R$ 750 mil feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano). O acordo visa transformar o projeto em um centro de excelência no que se refere a inovação e tecnologias no desenvolvimento de pesquisas com foco no manejo de pragas, doenças e plantas daninhas, nutrição de plantas e fertilidade do solo, fisiologia vegetal, química de produtos naturais, melhoramento genético vegetal e biotecnologia. Até o segundo semestre de 2017, o IF de Goiás deverá apresentar os resultados de pesquisas em produção bioenergética.

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INOVAÇÃO

Equipamento produz gelo com energia solar

Os pescadores da comunidade ribeirinha Vila Nova do Amanhã, no Amazonas, poderão conservar melhor seus pescados com o gelo produzido em máquinas que funcionam movidas por energia solar. A tecnologia, batizada de gelo solar, foi desenvolvida pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) e consiste em 60 painéis que captam a energia do sol e, por possuir um sistema fotovoltaico, dispensam o uso de baterias. O acompanhamento e monitoramento das máquinas e da produção de gelo são feitos pelos técnicos do Instituto Mamirauá – Organização Social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Além de auxiliar os moradores na utilização dos equipamentos, os técnicos verificam o impacto das máquinas na rotina da comunidade e como ela se organiza para gerir coletivamente a tecnologia. A produção de gelo chega a 60 quilos por dia e abaste as cerca de 60 pessoas que vivem na comunidade. Antes, o gelo vinha da cidade vizinha e fazia uma viagem de aproximadamente dez horas de barco. Ainda assim, não era suficiente para conservar a produção e os alimentos para consumo.

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PRESERVAÇÃO

Brasil integra rede de documentação digital internacional

A Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital Cariniana passou a integrar o seleto grupo de agências de arquivamento de periódicos The Keepers. A iniciativa brasileira é coordenada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e agora faz parte da rede com mais 12 iniciativas internacionais que preservam documentos e publicações digitais de forma segura e certificada. O The Keepers é mantido pela Universidade de Edimburgo (Escócia) e pelo International Standard Serial (ISSN), em Paris (França). Participar do grupo permitirá à Rede Cariniana ter acesso à ferramenta Keepers Registry, pela qual gestores podem acessar, de forma facilitada, periódicos eletrônicos em qualquer uma das 12 agências que integram a Rede. O sistema permite o monitoramento das atividades dos periódicos arquivados e informa sobre o status de publicações nas iniciativas de preservação digital mais importantes do mundo.

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SAÚDE

Controle de diabetes por meio de biochip

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, cerca de 4,9 milhões de pessoas morreram em decorrência de diabetes em 2014. Isso levou o Grupo de Bioeletroquímica e Interfaces do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo, a desenvolver um biochip que detecta o nível de açúcar no sangue e envia as informações direto para o paciente e para o médico. O biochip é formado por duas fibras de carbono inseridas com um cateter na veia do diabético.

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ACESSO

Cidades do Amazonas receberão sinal de internet

Até abril do próximo ano, o Programa Amazônia Conectada vai levar conexão de internet para duas cidades do interior do Amazonas – Coari e Tefé – por meio de cabos de fibra ótica instalados na extensão de 220 quilômetros no leito dos rios da região. A conexão que aproximará Coari e Tefé do mundo cibernético é de extrema necessidade, em especial, pelo fato de Tefé ser o segundo maior centro de produção de conhecimento do estado e onde estão localizadas instituições como o Instituto Mamirauá/MCTI e os campi da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade Estadual do Amazonas.

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COMPOSTAGEM

Adubo orgânico melhora qualidade do fruto

Embora demore mais tempo para apresentar resultados, a adubação por compostagem laminar é mais eficiente que o uso de adubos químicos. Essa conclusão foi obtida durante três anos de estudos realizados por pesquisadores e técnicos da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE). A técnica utilizada consiste em cobrir o solo ao redor da planta com estercos e resíduos vegetais. Essa técnica foi comparada a outros três tipos de tratamento: adubação química na qual são aplicados nitrogênio, fósforo e potássio; húmus de minhoca e a compostagem laminar mais húmus de minhoca. Os resultados apresentados na pesquisa são referentes a 24 colheitas. Dessa forma, já no primeiro ano de testes, os frutos dos coqueiros analisados que foram adubados com compostos químicos tiveram um bom desempenho, apresentando ganho de produção enquanto os coqueiros com compostagem laminar só apresentaram resultados no segundo ano, quando duplicou a produção, a medida que a compostagem química se manteve estável. Ao avaliarem a quantidade de frutos sem valor de mercado – redução de tamanho, de peso e de volume de água, além de deformações na casca –, os pesquisadores constataram que a maior perda se deu nas plantas que receberam adubação química.