Livros e Publicações - Edição 85 |
2015 . Ano 12 . Edição 85 - 20/01/2016
Os Sistemas Complexos são uma abordagem relativamente recente no campo da ciência e têm por natureza estimar a probabilidade que um conjunto de elementos possui para interagir entre si e se auto‑organizar. As políticas públicas podem alterar ou simplesmente manter o comportamento de determinados grupos de indivíduos com a intenção de alcançar um resultado socialmente desejável. Porém, essas políticas alcançam certo grau de complexidade e de desafios em sua avaliação pelo fato de que esses indivíduos reagem de formas diferentes à sua introdução. Conscientes da complexidade dessa ampla gama de objetos de políticas públicas, Bernardo Furtado, Patrícia Sakowski e Marina Tóvolli, pesquisadores do Ipea, mesclaram análises de políticas públicas com sistemas complexos e organizaram o livro Modelagem de Sistemas Complexos para Políticas Públicas. Entre outros pontos, o livro busca avaliar a natureza complexa de políticas sociais, econômicas, urbanas e ambientais. Para isso, os autores acreditam que reunir uma série de metodologias ligadas a sistemas complexos – pouco utilizadas para analisar políticas públicas –, como a simulação numérica, a modelagem baseada em agentes e a teoria dos jogos, pode “contribuir para melhorar a forma como as políticas de objetos complexos são planejadas, executadas, previstas e avaliadas de um ponto de vista da sociedade”, afirmam. __________________________________________________________________________
Pensar políticas estratégicas é fundamental, tendo em vista a necessidade de se vislumbrar caminhos que coloquem o país nos trilhos do desenvolvimento econômico e social sustentável. Com esse objetivo, o Ipea lançou a coleção Pensamento Estratégico, Planejamento Governamental & Desenvolvimento no Brasil Contemporâneo, dividida em diversos livros, entre eles a publicação Planejamento Brasil Século XXI: inovação institucional e refundação administrativa – elementos para o pensar e o agir, que trata de questões como desenvolvimento, planejamento, gestão e participação social. Entre as sugestões feitas no livro está a de levar em consideração a importância do Plano Plurianual (PPA) na formulação de estratégias para o desenvolvimento. “O PPA precisa ser visto e tido pelo governo como aliado estratégico, e não como obstáculo constitucional, mal necessário da burocracia ou inimigo público a ser ignorado ou derrotado no campo de batalha da política pública”, destaca o organizador da coleção, José Celso Cardoso. __________________________________________________________________________
Nos últimos 30 anos, a China transformou‑se na maior exportadora global e a segunda maior importadora, alcançando assim o primeiro lugar na economia mundial. Para chegar a esse nível, o país precisou implementar uma série de políticas nacionais de industrialização e aliá‑las ao movimento de expansão da economia global. É sobre isso que a recente publicação do Ipea China em Transformação: Dimensões Econômicas e Geopolíticas do Desenvolvimento discute: como o país chegou onde está hoje? Os autores apresentam uma série de dados que apontam para o fato de as autoridades econômicas chinesas terem utilizado estratégias para inserir a moeda nacional, o renminbi, de forma a forçar a substituição do dólar nas futuras transações internacionais entre o país e seus parceiros comerciais. Para que essa mudança no cenário chinês ocorresse, o país precisou migrar de um modelo de crescimento baseado em investimentos como infraestrutura, capital fixo e incorporação imobiliária, que deixavam o país exposto a riscos como a ameaça de bolha imobiliária, endividamento generalizado dos governos e um preocupante passivo ambiental, para um modelo de economia que visa ao crescimento de renda, consumo privado, serviços e recuperação do meio ambiente. É importante ressaltar que, nesse período de crescimento e mudanças na estrutura econômica da China, o país contribuiu para que 600 milhões de pessoas saíssem da situação de pobreza. Parceira do Brasil desde 1974, essa evolução chinesa atingiu nosso país da melhor forma possível: as exportações para o país oriental passaram de US$ 1 bilhão em 2000 para US$ 40,6 bilhões em 2014, ao passo que as importações de produtos chineses passaram de US$ 1,2 bilhão para US$ 37,3 bilhões. __________________________________________________________________________
Vinte e seis anos de economia brasileira reunidos em uma análise sobre o período de 1987 a 2013. O livro Economia brasileira no período 1987‑2013: Relatos e interpretações da análise de conjuntura no Ipea reúne análises de conjuntura – estudos focados no entendimento da economia no período recente – sob a ótica e a experiência acumuladas por 26 anos. A publicação permite análises e o registro da história econômica do nosso país. Na ordem natural do tempo, os capítulos do livro abordam os principais pontos da economia nacional, a evolução dos indicadores e as principais medidas de política econômica adotadas nos períodos. Desse modo, o leitor pode acompanhar a narrativa evolutiva da situação econômica e do comportamento da política econômica em cada período.
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